Jesus é o Cordeiro substituto, providenciado por Deus. Cordeiro perfeito e imaculado. Cordeiro que foi morto, segundo os decretos de Deus, antes mesmo da fundação do mundo (Ap 13.8). Ele é suficiente para uma pessoa (Gn 22), para uma família (Ex 12), para uma nação (Is 53) e para o mundo inteiro (Jo 1.29). O texto em epígrafe enseja-nos três verdades assaz importantes:
Em primeiro lugar, a realidade do pecado. O pecado é uma realidade inegável. Desde que os nossos pais caíram no Éden, toda a raça humana foi precipitada num estado de depravação e miséria. Por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte, porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Não há homem que não peque. O pecado atingiu todos os homens, de todas as raças, de todos os lugares, de todos os tempos. O pecado é maligníssimo, porque priva o homem da presença de Deus. O pecado faz separação entre nós e Deus. Ele é a causa das tragédias humanas: ódios, assassinatos, raptos, prostituição, violência, ganância, idolatria, feitiçaria. O pecado é filho da cobiça e genetriz da morte. O pecado é treva. Onde domina, há cegueira e escuridão. O pecado é uma farsa. Um engodo mortal. Uma falácia traiçoeira. Promete prazer e paga com desgosto. Promete liberdade e escraviza. Promete vida e mata. O pecado é um embuste. Parece inofensivo como um fiapo podre, mas depois torna-se como correntes grossas. O pecado sempre levará o homem mais longe do que gostaria de ir, retê-lo-á por mais tempo do que gostaria de ficar e custará a ele um preço mais alto do que gostaria de pagar. O pecado é uma isca mortal. Mesmo escondido debaixo dos holofotes dos prazeres, é a causa das mazelas humanas. Seu salário é a própria morte.
Em segundo lugar, a extensão do pecado. O pecado, como um veneno mortífero, não está presente apenas entre alguns povos ou culturas, mas estende seus tentáculos em todo o mundo. Sua capilaridade é universal. Atingiu todos os homens e a própria natureza. Está presente no homem mais erudito e nos mais tosco. Mostra sua carranca assassina entre as pessoas de todas as classes sociais, entre os indivíduos de todos os credos religiosos e realiza suas façanhas nefastas entre pessoas de todas as faixas etárias. A extensão do pecado passa pelos centros urbanos mais populosos e chega às regiões mais escondidas do mundo. Não há sequer uma caverna, por mais escura, onde o pecado não tenha entrado. Não há nenhuma muralha que o mantenha do lado de fora. Ele está encrustado no próprio coração do homem. Davi, o mais ilustre rei de Israel, chegou a dizer que ele foi concebido em pecado. O pecado não é apenas real, ele está presente em todos os tempos, em todas as culturas, entre todos homens.
Em terceiro lugar, a solução para o pecado. João Batista, o precursor do Messias, apontou para Jesus e declarou: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. O sangue dos cordeiros não era suficiente para tirar os pecados. Por isso, esses sacrifícios precisavam ser repetidos. O propósito deles, era apontar para o Cordeiro imaculado de Deus, que ofereceu a si mesmo, como o sacrifício perfeito e cabal. Jesus veio ao mundo para morrer pelos nossos pecados. Ele morreu e com seu sangue comprou para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação. Ele foi o sacerdote e o sacrifício. Ele foi o ofertante e a oferta. Ele, sendo Deus, ofereceu um sacrifício de valor infinito. Sendo homem, estava habilitado a ser o nosso substituto. Na cruz, Jesus levou os nossos pecados, pagou a nossa dívida e cumpriu, de uma vez para sempre, as demandas da lei. A justiça divina foi satisfeita. Como nosso fiador, ele morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação. Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Só nele temos perdão e redenção. Só em seu nome há salvação. Por meio dele somos reconciliados com Deus e recebemos o dom da vida eterna.
Rev. Hernandes Dias Lopes
FONTE: http://hernandesdiaslopes.com.br/
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