sábado, 30 de outubro de 2021

NÃO ENTRE POR ESSE CAMINHO


O profeta Isaías, fazendo um diagnóstico da sociedade de Judá, elenca vários “ais” que apontam para o juízo de Deus àqueles que seguem o caminho sinuoso do pecado. Vejamos:

            Em primeiro lugar, o caminho da ganância insaciável (Is 5.8). “Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e ficam como únicos moradores da terra!”. A Bíblia não condena a riqueza, mas a usura. Quando o homem, com ganância insaciável, acumula para si bens, para assenhorar-se de casas e campos, deixando os demais na dependência de seu monopólio, está sob a mira do juízo divino.

            Em segundo lugar, o caminho da bebedeira desenfreada (Is 5.9). “Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice e continuam até alta noite, até que o vinho os esquenta!”. O texto descreve a figura de um ébrio, alguém que já perdeu a conexão com a realidade. Esse indivíduo não trabalha mais. Seu projeto de vida é render-se à bebedeira desde o amanhecer até às altas horas da noite.  Quanto mais ele bebe mais necessidade sente de beber. Ele não cessa de beber até ficar inflamado pela bebida. Seu mundo é o álcool. É um escravo do vício.

            Em terceiro lugar, o caminho da depravação moral (Is 5.18). “Ai dos que puxam para si a iniquidade com cordas de injustiça e o pecado, como com tirantes de carro!”. Há aqueles que se orgulham de sua depravação moral. Sentem-se importantes ao arrastar para si mesmos os pecados mais escandalosos, as injustiças mais vergonhosas e a iniquidade mais vil. Esses fazem propaganda de suas façanhas imundas. Refestelam-se no pecado. Tocam trombeta sempre que ultrapassam a fronteira de sensatez.

            Em quarto lugar, o caminho da inversão de valores (Is 5.20). “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!”. Esta é uma descrição de um indivíduo que está no fundo do poço. É o estágio mais baixo da depravação. É a degradação no seu estágio mais avançado. Não se trata de concessão ao erro ou de tolerância ao mal. Mas, de uma declarada e aberta inversão de valores. É colocar a vida pelo avesso. É aplaudir o que é vergonhoso e reprovar o honroso. É ter vergonha do certo e promover o errado. É escarnecer da virtude e fazer propaganda do vício.

            Em quinto lugar, o caminho da soberba inconsequente (Is 5.21). “Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e prudentes em seu próprio conceito!”. Tocar trombeta para chamar a atenção para suas próprias realizações já é vexatório demais, mas orgulhar-se de uma sabedoria inexistente e julgar-se prudente aos próprios olhos é insensatez consumada. A soberba, de fato, é a sala de espera da ruína. Não devem ser nossos próprios lábios que nos louvam. Aplaudir a si mesmo é sinal de grotesca imaturidade.

            Em sexto lugar, o caminho da injustiça clamorosa (At 5.22,23). “Ai dos que são heróis para beber vinho e valentes para misturar bebida forte, os quais por suborno justificam o perverso e ao justo negam justiça!”. A condenação virá sobre aqueles que batem no peito e se orgulham de sua capacidade de beber e até misturam bebida forte, julgando que isso é uma virtude. Coitados! Eles perdem a lucidez. Perdem a capacidade de julgar retamente. Perdem o senso de justiça. Acabam se rendendo a esquemas de corrupção, a ponto de aceitarem suborno para culpar os inocentes e inocentar os culpados.

            Isaías olhou esse cenário cinzento para diagnosticar os pecados alheios, mas, agora, ao contemplar a santidade de Deus, olha para si mesmo e clama: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is 6.3). Que em vez de olharmos apenas para fora para ver os pecados dos outros, olhemos para o alto para contemplar a santidade de Deus e para nós mesmos para ver a hediondez de nossa própria condição. Só assim, deixaremos de andar pelos caminhos sinuosos da transgressão para andar nos retos caminhos da santidade.

Rev. Hernandes Dias Lopes

FONTE: https://hernandesdiaslopes.com.br/

Juiz considera adolescente trans culpado por abuso sexual em banheiro

A juíza-chefe Pamela L. Brooks, do Tribunal Distrital de Relações Juvenis e Domésticas, da Virgínia, Estados Unidos, decidiu, na segunda-feira (25),  que havia provas suficientes para determinar o adolescente transgênero culpado de abusar sexualmente de uma colega de classe na escola do condado de Loudoun em maio passado.

A menina de 15 anos vítima do crime, testemunhou no tribunal que havia se envolvido em atividade sexual consensual com o réu duas outras vezes no banheiro feminino na Escola Stone Bridge. Mas, na ocasião em questão, ela tinha sido violentamente intimidada para realizar atos sexuais.

Segundo o advogado da Comunidade, o adolescente é acusado de dois incidentes separados que aconteceram com meses de diferença em diferentes escolas do condado de Loudoun.  O adolescente estava usando uma tornozeleira pela agressão anterior em Stone Bridge quando ele forçou uma garota a entrar em uma sala de aula vazia e a apalpou.

Scott Smith, pai da garota, disse que sua filha havia sido abusada sexualmente no final de maio por um adolescente que entrou no banheiro feminino usando uma saia, enquanto ela estava no banheiro da Stone Bridge High School. Ele ficou visivelmente irritado com a reunião do conselho da Loudoun Country Public Schools em 22 de junho, quando ninguém reconheceu a suposta agressão sexual de sua filha.

O pai também expressou suas preocupações sobre os alunos usarem banheiros que correspondam à identidade de gênero escolhida, dizendo que as políticas controversas que estão sendo empurradas pelo LCPS refletiram no ataque contra sua filha.

De acordo com a CBN News, o mesmo estudante transegênero foi acusado de cometer um segundo abuso sexual contra uma garota em 6 de outubro em uma escola diferente.

Embora o superintendente Scott Ziegler tenha dito em uma reunião do conselho escolar em 22 de junho que não havia registro de qualquer agressão sexual no banheiro, seu e-mail de 28 de maio revela que ele e a diretoria estariam cientes do incidente. Ziegler mais tarde se desculpou por sua falsa alegação.

FONTE: https://www.gospelprime.com.br/

terça-feira, 12 de outubro de 2021

...dos tais é o reino dos céus.

 


"Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse; mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus. E, tendo-lhes impostos as mãos, retirou-se dali." (Mateus 19.13 - 15)

    Nesse dia das crianças e em todos os outros que possamos conduzir os pequeninos a Cristo, por meio da oração e dá pregação da Palavra. Para que cada criança encontre a alegria da salvação. Que o bom Pastor abençoe a cada pequenino espalhado pelo mundo.      

domingo, 10 de outubro de 2021

O céu beijou a terra: a encarnação

         

        O que é a encarnação? É o céu beijando a terra. Como disse o puritano Thomas Goodwin, quando o Filho tornou-se carne, “céu e terra se encontraram e se beijaram, a saber, Deus e o homem”. A encarnação torna a teologia possível. Ela possibilita a comunhão com Deus. Sejam quais forem os benefícios da salvação resultantes da encarnação e da obediência de Cristo até a morte, nunca devemos perder de vista o fato de que Cristo nos conduziu a Deus (1Pe 3.18).2 Provavelmente estou ― de fato, estou ― entre a minoria dos que creem que o Filho teria se encarnado mesmo que Adão não tivesse pecado (posso postar minhas razões no futuro). Afinal, como o professor Swain observou, subindo nos ombros de Goodwin, “Cristo não veio ao mundo para nós, mas nós viemos ao mundo para Cristo”. Na unidade das duas naturezas há a maior distância envolvida. O Criador é identificado com a criatura. Em Cristo, vemos eternidade e temporalidade, bem-aventurança eterna e tristeza temporal, onipotência e fraqueza, onisciência e ignorância, imutabilidade e mutabilidade, infinitude e finitude. Todos esses atributos contrastantes se unem na pessoa de Jesus Cristo.

Como Stephen Charnock escreveu tão bem há muitos anos: 

           "Que maravilha a união de duas naturezas infinitamente distantes da forma mais íntima que                   qualquer coisa no mundo… Que à mesma pessoa fosse conferida glória e sofrimento; alegria                 infinita na Deidade e tristeza inexprimível na humanidade! Que o Deus assentado no trono se                 tornasse uma criança no berço; o Deus trovejante se fizesse um bebê que chora e um homem                     sofredor; a encarnação surpreende os homens na terra e os anjos no céu."

A encarnação abre a possibilidade de comunhão entre Deus e o homem, que de outra forma seria impossível. O Filho, para usar as palavras de Warfield, “desceu à distância infinita para alcançar a exaltação mais concebível do homem” (Fp 2.6-11). Deus não pode comungar com o homem exceto por alguma forma de condescendência voluntária. A encarnação não é apenas condescendência voluntária, mas também a forma mais gloriosa de condescendência possível da parte de Deus, pois, por meio de Cristo, fomos conduzidos a Deus. Afinal, se Jesus fosse, em todas as coisas, apenas um homem, ele estaria, como nós, à distância infinita de Deus. Da mesma forma, se Jesus fosse apenas divino em todas as coisas, ele estaria à distância infinita de nós. Como Mediador, contudo, ele preenche a lacuna entre o Deus infinito e o homem finito. Tudo que pertence a Deus, Jesus possui. Tudo que torna alguém verdadeiramente humano, Jesus possui. 

Dificilmente encontraríamos palavras melhores que as de Charnock neste ponto: 

"Nele coexistiam a natureza ofensora e natureza a ofendida; a natureza agradável a Deus e a natureza para nos agradar; a natureza com que ele conheceu a excelência divina por experiência própria — que foi injuriada —, e entendia a glória devida a ele, e como consequência a grandeza da ofensa, que deveria ser mensurada pela dignidade de sua pessoa; e a natureza capaz de sensibilizá-lo com as misérias do homem, e suportar as calamidades devidas ao ofensor, para que se compadecesse dele, e fizesse a devida satisfação a seu favor. Suas duas naturezas distintas lhe permitiam sentir as afeições e os sentimentos das duas pessoas que ele precisava reconciliar; era o justo juiz dos direitos da primeira, e dos deméritos da outra."

Jesus aprendeu e Jesus sabia todas as coisas; Jesus morreu e Jesus concede vida a todas as criaturas viventes; Jesus sugou o leite dos seios de sua mãe e Jesus fornecia a ela o leite para alimentá-lo. Só a encarnação do Filho de Deus pode explicar essas declarações. A encarnação do Filho de Deus significa que Jesus é para sempre Deus e homem. Ele não abandonou ― de fato, ele não pode abandonar ― a humanidade após ascender ao céu, como muitos cristãos imaginavam e ainda imaginam hoje em dia. A união é indissolúvel; ele foi ressuscitado em poder como Filho de Deus (Rm 1.4). O brilhante teólogo holandês, Abraham Kuyper, meditando sobre João 1.14, certa vez escreveu: “A Palavra se fez carne! Ela se fez carne para nunca mais ser separada dessa carne! Nem mesmo agora assentado no trono. [...] Ao se tornar carne, a Palavra cria com isso a possibilidade real de que esta Criança tome o seu lugar e que esta Criança, de carne e osso, salve, reconcilie e glorifique você, feito de carne”. Isso nos mostra o quanto Deus ama a “carne” (i.e., a natureza humana). Deus está para sempre identificado com a humanidade por causa da encarnação. Dessa forma, o céu será um lugar “carnal”. De forma alguma “pecaminoso”, mas com certeza o lugar onde seremos mais humanos do que o somos agora. Se o corpo e a alma devem ser redimidos, Jesus deveria possuir corpo e alma, visto que não pode ser curado o que ele não assumiu. Um não é mais importante que o outro, como se ansiássemos pelo dia em que nos livraremos do corpo e viveremos como alma “flutuante”. Longe disso. Ansiamos o dia em que o corpo e a alma, juntos, serão transformados à semelhança do corpo glorioso de Cristo (1João 3.2 …“seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é”…)

Em suma: 

O Criador do homem se fez homem 

"Para que ele, regente das estrelas, fosse amamentado pela mãe; 

Para que o Pão sentisse fome; 

A Fonte sentisse sede; 

A Luz dormisse; 

O Caminho se cansasse da jornada; 

A Verdade fosse acusada de testemunho falso; 

O Mestre fosse açoitado; 

A Fundação fosse suspensa no madeiro; 

A Força se tornasse fraqueza; 

A Cura fosse ferida; 

A Vida morresse." 

Agostinho de Hipona (Sermão 191.1)

Autor: Mark Jones

Fonte: http://www.monergismo.net.br/

Jesus faz maravilhas

  Os evangelhos relatam os diversos milagres operados por Jesus, numa clara demonstração de sua divindade. Aqui, destacaremos três desses mi...