terça-feira, 28 de setembro de 2021

Catecismo Maior de Westminster (10 primeiras perguntas)

 Catecismo Maior de Westminster



                1. Qual é o fim supremo e principal do homem?

Resposta. O fim supremo e principal do homem e glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.

Rom. 11:36; 1 Cor. 10:31; Sal. 73:24-26; João 17:22-24.


2. Donde se infere que há um Deus?

A própria luz da natureza no espírito do homem e as obras de Deus claramente manifestam que existe um Deus; porém só a sua Palavra e o seu Espírito o revelam de um modo suficiente e eficazmente aos homens para a sua salvação

Rom. 1:19-20; 1 Cor. 2:9-10: II Tim. 3,15-17.


3. Que é a Palavra de Deus?

As Escrituras Sagradas, o Velho e o Novo Testamento, são a Palavra de Deus, a única regra de fé e prática.

II Tim. 3:16; 11 Pedro 1:19 21; Isa. 8:20; Luc. 16:29, 31; Gal. 1:8-9.

4. Como se demonstra que as Escrituras são a Palavra de Deus?

Demonstra-se que as Escrituras são a Palavra de Deus - pela majestade e pureza do seu conteúdo, pela harmonia de todas as suas partes, e pelo propósito do seu conjunto, que é dar toda a glória a Deus; pela sua luz e pelo poder que possuem para convencer e converter os pecadores e para edificar e confortar os crentes para a salvação. O Espírito de Deus, porém, dando testemunho, pelas Escrituras e juntamente com elas no coração do homem, é o único capaz de completamente persuadi-lo de que elas são realmente a Palavra de Deus.

Os. 8:12; 1 Cor. 2:6-7; Sal. 119:18, 129, 140; Sal. 12:6; Luc. 24:27; At. 10:43 e 26;22; Rom, 16:25-27; At. 28:28; Heb. 4:12; Tiago 1:18; Sal. 19:7-9; Rom. 15:4: At 20:32; João 16:13-14.

5. Que é o que as Escrituras principalmente ensinam?

As Escrituras ensinam principalmente o que o homem deve crer acerca de Deus e o dever que Deus requer do homem.

João 20:31; 11 Tim. 1:13.

6. Que revelam as Escrituras acerca de Deus?

As Escrituras revelam o que Deus é, quantas pessoas há na Divindade, os seus decretos e como Ele os executa.

Mas. 3:16-17; Isa. 46:9-10; At. 4:27-28,

7. Quem é Deus?

Deus é espírito, em si e por si infinito em seu ser, glória, bem-aventurança e perfeição; todo - suficiente, eterno, imutável, insondável, onipresente, infinito em poder, sabedoria, santidade, justiça, misericórdia e clemência, longânimo e cheio de bondade e verdade.

João 4:24; Exo. 3:14; Job. 11:7-9; At. 5:2; I Tim. 6:15; Mat. 5:48; Rom. 11:35-36 Sal. 90:2 -145:3 e 139:1, 2, 7; Mal. 2:6; Apoc. 4:8; Heb. 4:13; Rom. 16:27; Isa. 6:3; Deut. 32:4; Exo. 34:6.

8. Há mais que um Deus?

Há um só Deus, o Deus vivo e verdadeiro.

Deut. 6:4: Jer. 10:10; 1 Cor. 8:4.

9. Quantas pessoas há na Divindade?

Há três pessoas na Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; estas três pessoas são um só Deus verdadeiro e eterno, da mesma substância, iguais em poder e glória, embora distintas pelas suas propriedades pessoais.

Mat. 3:16-17, e 28:19; 11 Cor. 13:14; João 10:30.

10. Quais são as propriedades pessoais das três pessoas da Divindade?

O Pai gerou o Filho, o Filho foi gerado pelo Pai, e o Espírito Santo procede do Pai e do Filho, desde toda à eternidade.

Heb. 1:5-6; João 1:14 e 15:26; Gal. 4:6.

FONTE: http://www.monergismo.com/ 

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Os Cinco Solas da Reforma: Sola Scriptura, Sola Christus, Sola Gratia, Sola Fide, Soli Deo Gloria


 

SOLA SCRIPTURA: A Erosão da Autoridade

Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, mas a igreja evangélica atual fez separação entre a Escritura e sua função oficial. Na prática, a igreja é guiada, por vezes demais, pela cultura. Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de entretenimento muitas vezes tem mais voz naquilo que a igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a Palavra de Deus. Os pastores negligenciam a supervisão do culto, que lhes compete, inclusive o conteúdo doutrinário da música. À medida que a autoridade bíblica foi abandonada na prática, que suas verdades se enfraqueceram na consciência cristã, e que suas doutrinas perderam sua proeminência, a igreja foi cada vez mais esvaziada de sua integridade, autoridade moral e discernimento.

Em lugar de adaptar a fé cristã para satisfazer as necessidades sentidas dos consumidores, devemos proclamar a Lei como medida única da justiça verdadeira, e o evangelho como a única proclamação da verdade salvadora. A verdade bíblica é indispensável para a compreensão, o desvelo e a disciplina da igreja.

A Escritura deve nos levar além de nossas necessidades percebidas para nossas necessidades reais, e libertar-nos do hábito de nos enxergar por meio das imagens sedutoras, clichês, promessas e prioridades da cultura massificada. É só à luz da verdade de Deus que nós nos entendemos corretamente e abrimos os olhos para a provisão de Deus para a nossa sociedade. A Bíblia, portanto, precisa ser ensinada e pregada na igreja. Os sermões precisam ser exposições da Bíblia e de seus ensino, não a expressão de opinião ou de idéias da época. Não devemos aceitar menos do que aquilo que Deus nos tem dado.

A obra do Espírito Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito não fala em formas que independem da Escritura. À parte da Escritura nunca teríamos conhecido a graça de Deus em Cristo. A Palavra bíblica, e não a experiência espiritual, é o teste da verdade.

Tese 1: Sola Scriptura

Reafirmamos a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.

Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação.


SOLO CHRISTUS
: A Erosão da Fé Centrada em Cristo


À medida que a fé evangélica se secularizou, seus interesses se confundiram com os da cultura. O resultado é uma perda de valores absolutos, um individualismo permissivo, a substituição da santidade pela integridade, do arrependimento pela recuperação, da verdade pela intuição, da fé pelo sentimento, da providência pelo acaso e da esperança duradoura pela gratificação imediata. Cristo e sua cruz se deslocaram do centro de nossa visão.

Tese 2: Solus Christus

Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.

Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.

SOLA GRATIA: A Erosão do Evangelho

A Confiança desmerecida na capacidade humana é um produto da natureza humana decaída. Esta falsa confiança enche hoje o mundo evangélico – desde o evangelho da auto-estima até o evangelho da saúde e da prosperidade, desde aqueles que já transformaram o evangelho num produto vendável e os pecadores em consumidores e aqueles que tratam a fé cristã como verdadeira simplesmente porque funciona. Isso faz calar a doutrina da justificação, a despeito dos compromissos oficiais de nossas igrejas.

A graça de Deus em Cristo não só é necessária como é a única causa eficaz da salvação. Confessamos que os seres humanos nascem espiritualmente mortos e nem mesmo são capazes de cooperar com a graça regeneradora.

Tese 3: Sola Gratia

Reafirmamos que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.

Negamos que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada.


SOLA FIDE: A Erosão do Artigo Primordial


A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Este é o artigo pelo qual a igreja se sustenta ou cai. É um artigo muitas vezes ignorado, distorcido, ou por vezes até negado por líderes, estudiosos e pastores que professam ser evangélicos. Embora a natureza humana decaída sempre tenha recuado de professar sua necessidade da justiça imputada de Cristo, a modernidade alimenta as chamas desse descontentamento com o Evangelho bíblico. Já permitimos que esse descontentamento dite a natureza de nosso ministério e o conteúdo de nossa pregação.

Muitas pessoas ligadas ao movimento do crescimento da igreja acreditam que um entendimento sociológico daqueles que vêm assistir aos cultos é tão importante para o êxito do evangelho como o é a verdade bíblica proclamada. Como resultado, as convicções teológicas freqüentemente desaparecem, divorciadas do trabalho do ministério. A orientação publicitária de marketing em muitas igrejas leva isso mais adiante, apegando a distinção entre a Palavra bíblica e o mundo, roubando da cruz de Cristo a sua ofensa e reduzindo a fé cristã aos princípios e métodos que oferecem sucesso às empresas seculares.

Embora possam crer na teologia da cruz, esses movimentos a verdade estão esvaziando-a de seu conteúdo. Não existe evangelho a não ser o da substituição de Cristo em nosso lugar, pela qual Deus lhe imputou o nosso pecado e nos imputou a sua justiça. Por ele Ter levado sobre si a punição de nossa culpa, nós agora andamos na sua graça como aqueles que são para sempre perdoados, aceitos e adotados como filhos de Deus. Não há base para nossa aceitação diante de Deus a não ser na obra salvífica de Cristo; a base não é nosso patriotismo, devoção à igreja, ou probidade moral. O evangelho declara o que Deus fez por nós em Cristo. Não é sobre o que nós podemos fazer para alcançar Deus.

Tese 4: Sola Fide

Reafirmamos que a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.

Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima.

SOLI DEO GLORIA: A Erosão do Culto Centrado em Deus

Onde quer que, na igreja, se tenha perdido a autoridade da Bíblia, onde Cristo tenha sido colocado de lado, o evangelho tenha sido distorcido ou a fé pervertida, sempre foi por uma mesma razão. Nossos interesses substituíram os de Deus e nós estamos fazendo o trabalho dele a nosso modo. A perda da centralidade de Deus na vida da igreja de hoje é comum e lamentável. É essa perda que nos permite transformar o culto em entretenimento, a pregação do evangelho em marketing, o crer em técnica, o ser bom em sentir-nos bem e a fidelidade em ser bem-sucedido. Como resultado, Deus, Cristo e a Bíblia vêm significando muito pouco para nós e têm um peso irrelevante sobre nós.

Deus não existe para satisfazer as ambições humanas, os desejos, os apetites de consumo, ou nossos interesses espirituais particulares. Precisamos nos focalizar em Deus em nossa adoração, e não em satisfazer nossas próprias necessidades. Deus é soberano no culto, não nós. Nossa preocupação precisa estar no reino de Deus, não em nossos próprios impérios, popularidade ou êxito.

Tese 5: Soli Deo Gloria

Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.

Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.


Fonte: Declaração de Cambridge/http://www.monergismo.net.br/

sábado, 18 de setembro de 2021

Missionário usa esporte para evangelizar jovens em campo de refugiados em Uganda


O missionário cubano Hector Cabrera, está usando os seus talentos esportivos para alcançar jovens sudaneses em campos de refugiados em Uganda. Ele foi enviado para o país africano para fazer parceria com a equipe do missionário Jeremy Taliaferro, da International Mission Board (IMB) dos Batistas do Sul.

A missão tem o propósito de oferecer ajuda humanitária e apoio espiritual para os refugiados que vieram do Sudão do Sul e da República Democrática do Congo para viver em Uganda. A maioria são animistas, que seguem religiões tradicionais africanas e alguns dos exilados são muçulmanos.

A equipe do missionário Jeremy atua junto com cristãos locais e ajuda a fortalecer o evangelismo, e discipulado, a cura de traumas e a implantação de igrejas. A missão também constrói poços de água para a comunidade e casas para pessoas com deficiência, e doa alimentos para crianças em escolas.

Hector Cabrera tem colaborado na equipe com seu ministério de esportes, que ele iniciou em Cuba, quando foi chamado por Deus para trabalhar com jovens em vulnerabilidade. “Nos campos de refugiados, vi muitas crianças. Decidi ensinar-lhes histórias bíblicas usando o esporte”, explicou o missionário.

“Há muitos jovens ociosos que ficam parados sem nada para fazer durante o dia. O fato de Hector sair e envolvê-los em esportes e compartilhar o Evangelho vai abrir muitas portas”, disse Jeremy Taliaferro.

Longe de casa e confiando em Deus

O missionário cubano entende muito bem a realidade desses jovens refugiados, porque também experimentou crises em sua nação natal. Cuba vive turbulências políticas e o governo comunista tem perseguido os cristãos. Hector ficará longe de sua casa e da família por três anos, durante sua missão em Uganda.

“Acho que, muitas vezes, temos a tendência de pensar que, como nossos missionários parceiros são internacionais, eles estão bem quando viajamos para longe de casa”, comentou Jeremy. “Mas ele tem família em Cuba. Ele viu seu país explodir em tumultos e protestos por toda parte. Eu vi isso pesar muito sobre ele. Ele lida com os mesmos desafios que enfrentamos quando estamos aqui, sabendo que estamos em um país diferente e longe de casa”.

Enviado pela Igreja Batista Montes des los Olives, em Cuba, Hector está descansando em Deus para cuidar de sua família enquanto permanece no campo missionário.

“Sim, vai ser difícil, mas já vi Deus cuidar da minha família, ajudando, suprindo suas necessidades. Nossa igreja me apóia. Tudo que eu preciso ou minha família precisa, eles estão lá, sempre”, disse ele, com gratidão.

Jeremy elogiou a igreja cubana pela maneira em que tem apoiado o seu missionário, não apenas “financeiramente e através da oração”, mas até mesmo cuidando da família de Cabrera enquanto ele leva o evangelho às nações.

“Eu acho que eles realmente foram além. Sou muito grato pela Igreja cubana e pelos sacrifícios que estão fazendo e por estarem se saindo bem no envio de seu povo. Acho que tem sido um grande testemunho de se assistir e ouvir”, disse o missionário batista.

Fonte: Guia-me com informações de International Mission Board/https://folhagospel.com/


GLÓRIA E SOFRIMENTO


 

A segunda carta de Paulo aos coríntios é a sua epístola mais pessoal. Mas, no capítulo 12.7-10, o veterano apóstolo abre as cortinas do santo dos santos de seu coração para compartilhar conosco sua experiência mais íntima. Aqui ele mostra como Deus equilibra em nossa vida glória e sofrimento. Vejamos:

            Em primeiro lugar, a grandeza das revelações (2Co 12.7a). A grandeza de suas revelações, sendo arrebatado até ao terceiro céu, ao paraíso, poderia ter sido um caminho escorregadio para seus pés, levando-o à soberba. Isso, porque nesse arrebatamento ouviu palavras inefáveis, que se sequer teve ousadia de referi-las. A experiência de Paulo foi de uma grandeza indescritível e sem paralelos. Nenhum outro apóstolo teve privilégio tão grandioso. Inobstante acontecimento tão sublime, jamais usou essa experiência para exaltar-se.

            Em segundo lugar, o doloso espinho na carne (2Co 12.7b). A soberba desqualifica um obreiro; o sofrimento não. Então, foi posto um espinho na carne de Paulo para que ele não se ensoberbecesse. Esse espinho era uma espécie de estaca pontiaguda a acicatar sua carne. Não há consenso sobre a natureza desse espinho. Estou inclinado a crer que se tratava de uma enfermidade física (Gl 4.14) que lhe causava grande sofrimento. A origem do espinho na carne de Paulo é divina. Sabemos disso por causa do propósito: “… a fim de que não me exalte”.

            Em terceiro lugar, as bofetadas de Satanás (2Co 12.7c). Satanás não era a fonte do espinho, mas usava essa providência carrancuda para impor a Paulo sofrimento atroz. Oh, como Satanás usa todas as suas armas para nos atacar quando enfrentamos situações adversas ou enfermidades dolorosas! Como ele lança sobre nós suas setas cheias de veneno, tentando nos levar a descrer do amor cuidadoso de Deus. Porém, Satanás não pode frustrar em nossa vida os planos de Deus. O espinho na carne de Paulo não tinha o propósito de levá-lo ao pecado, mas de afastar dele a soberba.

            Em quarto lugar, as orações não respondidas (2Co 12.8). Paulo orou três vezes, pedindo ao Senhor, para afastar dele, o espinho na carne. Ele que tinha orado por tantas pessoas enfermas e sido testemunho da cura delas, agora, ora por si mesmo e não vê o mesmo resultado. Porém, quando Deus responde negativamente ao nosso pleito, não é porque é indiferente à nossa dor ou porque não tenha amor por nós. Os pensamentos de Deus são sempre mais altos do que os nossos. Seus caminhos são sempre mais elevados do que os nossos. Seu propósito é soberano, sua vontade é perfeita e sempre nos leva a um nível mais profundo de intimidade com ele.

            Em quinto lugar, a resposta desconcertante (2Co 12.9a). Paulo não ficou sem resposta à suas orações. Deus lhe respondeu com um sonoro NÃO, mas, deu-lhe uma explicação solene: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Todos os gigantes de Deus são vasos frágeis. Nenhum instrumento usado por Deus pode vangloriar-se na sua inteligência, na sua força ou na sua riqueza. Deus usa aqueles que são frágeis para envergonhar os que são fortes. Ele faz de nossa fraqueza poder para desconcertar os poderosos. Ele usa vasos frágeis para que toda a glória seja dele.

            Em sexto lugar, a rendição obediente (2Co 12.9b,10a). Paulo não questiona a resposta divina nem se insurge contra Deus por causa de sua providência carrancuda. Ao contrário, ele se rende por completo, e declara que de boa vontade, se gloria mais nas fraquezas, a fim de que sobre ele repouse o poder de Cristo. Paulo chega até mesmo a sentir prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Em nada considera a vida preciosa para ele mesmo. Seu propósito é completar sua carreira e testemunhar o evangelho da graça.

            Em sétimo lugar, a constatação confiante (2Co 12.10b). Paulo conclui, usando um dos mais eloquentes paradoxos da vida cristã: “Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte”. Quanto mais fortes nos sentimos, menos dependentes de Deus nos tornamos; quanto mais fracos nos sentimos, mais dependentes de Deus nos sentimos. Como nosso vigor não procede de dentro, mas do alto; como nossa força não vem de nós, mas de Deus, então, quanto mais fracos somos, mais fortes nos tornamos. Deus é a nossa força. Amparados por seus braços onipotentes, triunfamos, ainda que o espinho na carne nos cause sofrimento em nossa jornada rumo à glória.

Rev. Hernandes Dias Lopes

Fonte: https://hernandesdiaslopes.com.br

Jesus faz maravilhas

  Os evangelhos relatam os diversos milagres operados por Jesus, numa clara demonstração de sua divindade. Aqui, destacaremos três desses mi...