Um
dia, inesperadamente, bate-lhes à porta um viajante. Pedia pousada. Na
bagagem trazia um jornal com noticiário da guerra. O primeiro a ler foi o
alemão. Teve um choque tremendo. Menor, porém, não foi o choque do
francês que leu a seguir. Quando, algum tempo depois, se encontraram não
puderam olhar-se de frente. Recolheram-se aos seus quartos. Pensaram. A
situação era difícil. Afinal era a pátria. O coração patriota gritava
dentro do peito. Não poderiam jamais trabalhar juntos. Oraram. Horas
depois se encontraram no corredor. Abraçaram-se, com lágrimas, num
encontro patético. Haviam ganho a batalha. Continuariam juntos a obra
que se haviam imposto.
O amor cristão não conhece fronteiras e é a única força que poderá reunir os homens e fazê-los trabalhar e viver em paz.
(Extraído de VASSÃO, Amantino Adorno. Esteiras de Luz. Rio de Janeiro: Juerp, 1971)
FONTE: http://carlosorlandijr.blogspot.com.br
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