domingo, 20 de julho de 2025

Você compreende João 3.16?


João 3.16 pode ser ou não o versículo mais conhecido em toda a Escritura, mas é certamente um dos mais usados e menos compreendidos. O versículo é tão conhecido que a referência por si só é considerada por alguns como uma proclamação suficiente do evangelho.

Arminianos extraem a frase “Deus amou o mundo de tal maneira” de seu contexto e a utilizam como um argumento para a expiação universal, ou seja, a morte de Cristo tornou a redenção possível para todos. Universalistas mais extremos levam o mesmo argumento ainda mais adiante. Eles reivindicam que o versículo prova que Deus ama a todos exatamente da mesma forma, e que todos serão salvos, como se João 3.16 negasse todos os avisos bíblicos de condenação dos ímpios.

Pensar assim é errar o ponto completamente. O contexto imediato dá o equilíbrio necessário: “o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (v. 18). Certamente, isto é uma verdade que precisa ser proclamada à nossa geração com pelo menos tanta paixão e urgência quanto a mensagem do amor e da misericórdia de Deus.

Além disso, João 3.16 não trata da extensão da expiação, o versículo é uma declaração sobre a magnitude do amor de Deus. Aqui está uma profunda maravilha: Deus amou “o mundo” (este reino perverso da humanidade caída) de tal maneira que sacrificou o seu Filho unigênito para pagar o preço de redenção para todos os que creem nele.

O apóstolo João foi impactado pela magnitude do amor de Deus e suas implicações. Ele o ressaltou tanto que frequentemente é chamado de “o apóstolo do amor”. Esta observação de 1João 3.1 faz um comentário apropriado sobre o ponto central de João 3.16: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus”. A simplicidade da linguagem é proporcional à profundidade da verdade: “vede que grande amor”. João não emprega uma dúzia de adjetivos porque todos os superlativos em linguagem humana sequer chegariam perto de declarar toda a verdade. Ele simplesmente chama a nossa atenção para a sua indescritível maravilha.

O apóstolo Paulo foi cativado pela mesma verdade: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8). E quando o apóstolo Pedro menciona “coisas essas que anjos anelam perscrutar” (1Pedro 1.12), uma das principais questões que eles certamente devem ponderar é por que Deus derramaria seu amor sobre a humanidade caída. Por que ele escolheria amar seres humanos finitos, caídos e pecadores ao custo da vida de seu próprio Filho? Por que Deus não apenas nos descartou como pecadores miseráveis, fez-nos objetos de sua ira e exibiu sua glória em juízo contra nós? É um mistério que até mesmo os anjos podem achar desconcertante. Apenas seres humanos caídos são receptores da misericórdia divina: “Pois ele, evidentemente, não socorre anjos, mas socorre a descendência de Abraão” (Hebreus 2.16). “Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo” (2Pedro 2.4).

Tendo nos redimido e garantida a nossa entrada no céu, não poderia ele ter-nos dado uma posição inferior? No entanto, ele nos tornou coerdeiros com Cristo. De fato, ele nos deu o seu melhor. Ele concedeu ao seu povo a bênção mais inestimável e eterna em todo o universo: seu próprio Filho amado. Portanto, podemos ficar absolutamente confiantes de que ele não reterá de nós nenhuma coisa boa (Romanos 8.32).

Alguma vez você já realmente refletiu sobre o mistério de tão grande amor? Por que o maior amor de Deus não é concedido aos anjos que jamais caíram e que fielmente ao longo do tempo têm sido leais em amar e adorar ao Deus que os criou? Em suma, por que Deus sequer nos amaria, e mais ainda, pagaria um preço tão alto para demonstrar o seu amor?

Francamente, a resposta a essa questão ainda está envolta em mistério. É uma maravilha imensa e incompreensível. Além do fato de que o seu amor pelos pecadores redundará em sua glória, não sabemos por que Deus escolhe amar pecadores caídos. E devo confessar, juntamente com cada verdadeiro filho de Deus, que eu não sei por que Deus escolheu me amar. Certamente não é porque ele me considere merecedor do seu amor. Em outras palavras, as razões para o amor de Deus devem ser encontradas somente nele, não naqueles a quem ele ama.

Essa é uma verdade que nos impõe uma atitude de grande humildade. O amor de Deus é concedido livre e graciosamente, não merecido por qualquer coisa que podemos fazer. A jactância é excluída (Romanos 3.27). Não há lugar para orgulho humano na doutrina do amor de Deus, mas somente para humildade sóbria, profunda gratidão e reverência serena de um coração fiel e obediente.

 Autor: John MacArthur

Tradução: João Paulo Aragão da Guia Oliveira

Revisão: Yago Martins
Original: So Loved

Fonte: ministeriofiel.com.br

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Os Cinco Solas da Reforma

 Os Cinco Solas da Reforma

Sola Scriptura, Sola Christus, Sola Gratia, Sola Fide, Soli Deo Gloria

por

Declaração de Cambridge


SOLA SCRIPTURA: A Erosão da Autoridade

Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, mas a igreja evangélica atual fez separação entre a Escritura e sua função oficial. Na prática, a igreja é guiada, por vezes demais, pela cultura. Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de entretenimento muitas vezes tem mais voz naquilo que a igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a Palavra de Deus. Os pastores negligenciam a supervisão do culto, que lhes compete, inclusive o conteúdo doutrinário da música. À medida que a autoridade bíblica foi abandonada na prática, que suas verdades se enfraqueceram na consciência cristã, e que suas doutrinas perderam sua proeminência, a igreja foi cada vez mais esvaziada de sua integridade, autoridade moral e discernimento.

Em lugar de adaptar a fé cristã para satisfazer as necessidades sentidas dos consumidores, devemos proclamar a Lei como medida única da justiça verdadeira, e o evangelho como a única proclamação da verdade salvadora. A verdade bíblica é indispensável para a compreensão, o desvelo e a disciplina da igreja.

A Escritura deve nos levar além de nossas necessidades percebidas para nossas necessidades reais, e libertar-nos do hábito de nos enxergar por meio das imagens sedutoras, clichês, promessas e prioridades da cultura massificada. É só à luz da verdade de Deus que nós nos entendemos corretamente e abrimos os olhos para a provisão de Deus para a nossa sociedade. A Bíblia, portanto, precisa ser ensinada e pregada na igreja. Os sermões precisam ser exposições da Bíblia e de seus ensino, não a expressão de opinião ou de ideias da época. Não devemos aceitar menos do que aquilo que Deus nos tem dado.

A obra do Espírito Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito não fala em formas que independem da Escritura. À parte da Escritura nunca teríamos conhecido a graça de Deus em Cristo. A Palavra bíblica, e não a experiência espiritual, é o teste da verdade.

Tese 1: Sola Scriptura

Reafirmamos a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.

Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação.


SOLO CHRISTUS
: A Erosão da Fé Centrada em Cristo


À medida que a fé evangélica se secularizou, seus interesses se confundiram com os da cultura. O resultado é uma perda de valores absolutos, um individualismo permissivo, a substituição da santidade pela integridade, do arrependimento pela recuperação, da verdade pela intuição, da fé pelo sentimento, da providência pelo acaso e da esperança duradoura pela gratificação imediata. Cristo e sua cruz se deslocaram do centro de nossa visão.

Tese 2: Solus Christus

Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai.

Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.

SOLA GRATIA: A Erosão do Evangelho

A Confiança desmerecida na capacidade humana é um produto da natureza humana decaída. Esta falsa confiança enche hoje o mundo evangélico – desde o evangelho da autoestima até o evangelho da saúde e da prosperidade, desde aqueles que já transformaram o evangelho num produto vendável e os pecadores em consumidores e aqueles que tratam a fé cristã como verdadeira simplesmente porque funciona. Isso faz calar a doutrina da justificação, a despeito dos compromissos oficiais de nossas igrejas.

A graça de Deus em Cristo não só é necessária como é a única causa eficaz da salvação. Confessamos que os seres humanos nascem espiritualmente mortos e nem mesmo são capazes de cooperar com a graça regeneradora.

Tese 3: Sola Gratia

Reafirmamos que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.

Negamos que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não regenerada.


SOLA FIDE: A Erosão do Artigo Primordial


A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Este é o artigo pelo qual a igreja se sustenta ou cai. É um artigo muitas vezes ignorado, distorcido, ou por vezes até negado por líderes, estudiosos e pastores que professam ser evangélicos. Embora a natureza humana decaída sempre tenha recuado de professar sua necessidade da justiça imputada de Cristo, a modernidade alimenta as chamas desse descontentamento com o Evangelho bíblico. Já permitimos que esse descontentamento dite a natureza de nosso ministério e o conteúdo de nossa pregação.

Muitas pessoas ligadas ao movimento do crescimento da igreja acreditam que um entendimento sociológico daqueles que vêm assistir aos cultos é tão importante para o êxito do evangelho como o é a verdade bíblica proclamada. Como resultado, as convicções teológicas frequentemente desaparecem, divorciadas do trabalho do ministério. A orientação publicitária de marketing em muitas igrejas leva isso mais adiante, apegando a distinção entre a Palavra bíblica e o mundo, roubando da cruz de Cristo a sua ofensa e reduzindo a fé cristã aos princípios e métodos que oferecem sucesso às empresas seculares.

Embora possam crer na teologia da cruz, esses movimentos a verdade estão esvaziando-a de seu conteúdo. Não existe evangelho a não ser o da substituição de Cristo em nosso lugar, pela qual Deus lhe imputou o nosso pecado e nos imputou a sua justiça. Por ele Ter levado sobre si a punição de nossa culpa, nós agora andamos na sua graça como aqueles que são para sempre perdoados, aceitos e adotados como filhos de Deus. Não há base para nossa aceitação diante de Deus a não ser na obra salvífica de Cristo; a base não é nosso patriotismo, devoção à igreja, ou probidade moral. O evangelho declara o que Deus fez por nós em Cristo. Não é sobre o que nós podemos fazer para alcançar Deus.

Tese 4: Sola Fide

Reafirmamos que a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.

Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima.

SOLI DEO GLORIA: A Erosão do Culto Centrado em Deus

Onde quer que, na igreja, se tenha perdido a autoridade da Bíblia, onde Cristo tenha sido colocado de lado, o evangelho tenha sido distorcido ou a fé pervertida, sempre foi por uma mesma razão. Nossos interesses substituíram os de Deus e nós estamos fazendo o trabalho dele a nosso modo. A perda da centralidade de Deus na vida da igreja de hoje é comum e lamentável. É essa perda que nos permite transformar o culto em entretenimento, a pregação do evangelho em marketing, o crer em técnica, o ser bom em sentir-nos bem e a fidelidade em ser bem-sucedido. Como resultado, Deus, Cristo e a Bíblia vêm significando muito pouco para nós e têm um peso irrelevante sobre nós.

Deus não existe para satisfazer as ambições humanas, os desejos, os apetites de consumo, ou nossos interesses espirituais particulares. Precisamos nos focalizar em Deus em nossa adoração, e não em satisfazer nossas próprias necessidades. Deus é soberano no culto, não nós. Nossa preocupação precisa estar no reino de Deus, não em nossos próprios impérios, popularidade ou êxito.

Tese 5: Soli Deo Gloria

Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente.

Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a autoestima e a autorrealização se tornem opções alternativas ao evangelho.


Fonte: Declaração de Cambridge (www.monergismo.net.br)

Fazendo algo certo


Leia: 2 Crônicas 33.10 - 16

A carta do presidiário “Jason” nos surpreendeu, pois nós criamos cachorros para se tornarem cães de serviço, que auxiliam pessoas com necessidades especiais. Um desses filhotes avançou no treinamento, dirigido pelos encarcerados que os treinavam. Jason expressava tristeza por seu passado, mas também dizia: “Snickers é a 17ª entre os cães que treinei e é a melhor. Quando a vejo me olhando, sinto que estou fazendo algo certo”.

Jason não é o único a sentir remorsos, todos nós os temos. Manassés, rei de Judá, também os tinha em abundância. Lemos sobre suas atrocidades: reconstruiu santuários idólatras para deuses pagãos, praticou feitiçaria, sacrificou seus próprios filhos e conduziu o povo de Judá por esse caminho sórdido (2 Crônicas 33:3,6,9).

“O Senhor falou a Manassés e a seu povo, mas eles ignoraram seus avisos” e Deus chamou a atenção dele. Os babilônios “capturaram Manassés. Puseram um gancho em seu nariz, […] e o levaram (vv.10-11)”. Por fim Manassés fez algo certo: “buscou o Senhor, seu Deus, e se humilhou com sinceridade” (v.12). Deus o ouviu e o restaurou como rei e Manassés substituiu as práticas pagãs pela adoração ao único Deus verdadeiro (vv.15-16).

Os nossos remorsos nos ameaçam? Nunca é tarde demais! Deus nos ouve quando oramos com humildade e arrependimento.

Em sua angústia, Manassés buscou o Senhor, seu Deus, e se humilhou com sinceridade… v.12

• Reflita e ore comigo

Você se arrepende de algo? Podemos honrar a Deus deixando que Ele nos redima e nos use para servi-lo?

Obrigado, Pai, por estares sempre pronto a ouvir minhas orações sinceras.

Por: Tim Gustafson

FONTE: https://ministeriospaodiario.com.br/

domingo, 13 de julho de 2025

Extremistas destroem complexo de igreja em meio a conflito civil no Sudão

 

Extremistas destroem complexo de igreja em meio a conflito civil no Sudão

O Sudão é classificado como o quinto pior país em termos de perseguição aos cristãos na Lista Mundial da Perseguição de 2025 da Portas Abertas

Cristãos no Sudão (foto representativa)

Extremistas, acompanhados por forças armadas sudanesas e policiais, destruíram um complexo de igreja pentecostal em Cartum, capital do Sudão, esta semana, de acordo com um grupo de vigilância.

A Igreja Pentecostal, construída inicialmente no início da década de 1990 e destruída na terça-feira, estava localizada na área de El Haj Yousif, de acordo com a Christian Solidarity Worldwide (CSW), sediada no Reino Unido.

El Haj Yousif está sob o controle das Forças Armadas do Sudão (SAF) — a facção envolvida em um conflito civil com as Forças de Apoio Rápido (RSF) e que declarou Cartum “completamente libertada” do controle das RSF em maio.

Enquanto os combates entre as SAF e as RSF se intensificaram em Darfur e Omdurman, ataques direcionados a igrejas continuaram desde o início do conflito civil em abril de 2023. Ambas as facções armadas foram acusadas de profanar espaços religiosos durante operações militares.

Em dezembro de 2024, um ataque aéreo das Forças Armadas Revolucionárias da Síria (SAF) contra uma igreja em Cartum matou 11 pessoas, incluindo oito crianças. Em junho de 2025, tropas das Forças Armadas Revolucionárias da Síria (RSF) bombardearam três igrejas — a Igreja Episcopal Sudanesa, a Igreja do Interior Africano e a Igreja Católica Romana — em El Fasher, capital de Darfur do Norte, ao longo de dois dias.

O diretor executivo da CSW, Scot Bower, disse que a demolição em El Haj Yousif parece ter sido apoiada pelas autoridades locais, acrescentando que “ataques intencionais a locais dedicados à religião são crimes graves segundo o Estatuto de Roma”.

A área de El Haj Yousif também testemunhou demolições de igrejas no passado.

Em fevereiro de 2018 , as autoridades destruíram um complexo da Igreja Evangélica Presbiteriana do Sudão no mesmo bairro. O Rev. Abdul Harim, pastor da igreja, disse à International Christian Concern na época que escavadeiras do governo e a polícia chegaram após o culto matinal, removeram à força móveis e Bíblias e arrasaram o prédio.

A demolição foi realizada apesar de um processo judicial pendente contestando a propriedade do terreno, disse Harim, que, segundo o estado, deveria ser transferido para uma construtora muçulmana privada. Os pertences da igreja, incluindo Bíblias e cadeiras, foram confiscados.

Comunidades cristãs deslocadas pela guerra civil no Sudão enfrentaram restrições ao culto em áreas de refugiados.

Em Wadi Halfa, uma cidade no estado do Norte, cristãos deslocados foram impedidos de realizar um culto de Natal em um parque público onde haviam se abrigado. O pastor Mugadam Shraf Aldin Hassan, da Igreja Unida de Esmirna, disse na época que autoridades disseram à congregação que precisavam de permissão por escrito para realizar atividades cristãs em uma área muçulmana, apesar da aprovação verbal prévia das autoridades de segurança nacional.

O Sudão é classificado como o quinto pior país em termos de perseguição aos cristãos na Lista Mundial da Perseguição de 2025 da Portas Abertas, que observa que mais de 100 igrejas, edifícios e casas cristãs foram ocupados à força durante o conflito civil em curso.

Folha Gospel com informações de The Christian Post

domingo, 6 de julho de 2025

VOCÊ PODE VENCER A ANSIEDADE

 VOCÊ PODE VENCER A ANSIEDADE 



 “Lançando sobre ele [Deus] toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1Pe 5:7)

 ​A ansiedade assola pessoas de todas as faixas etárias, de todos os estratos sociais, de todos os níveis intelectuais e do todos os credos religiosos. Há níveis diferentes de ansiedade. Há indivíduos mais afetados do que outros. De acordo como o psicólogo Rollo May, a ansiedade é o mal deste século. O texto em epígrafe enseja-nos quatro lições:

​Em primeiro lugar, a ansiedade é uma realidade na vida do cristão. O apóstolo Pedro escrevendo aos forasteiros da dispersão admite que a ansiedade é uma realidade que atinge o povo de Deus. Os destinatários da carta de Pedro eram pessoas cujas propriedades foram confiscadas, que viviam perambulando pelo mundo, perseguidas pela truculência de um regime opressor. Nessa amarga situação adversa, não há na fala do apóstolo qualquer negação da realidade nem mesmo dos efeitos deletérios da ansiedade. O cristão está sujeito à depressão, ao estresse e à ansiedade. Depressão é excesso de passado, estresse é excesso de presente e ansiedade é excesso de futuro. Ficamos ansiosos quando temos medo do amanhã, quando sofremos por alguma coisa que ainda não está acontecendo, ou quando hiperdimencionamos os problemas e apequenamos nossa confiança em Deus. 

​Em segundo lugar, a ansiedade é um fardo pesado. A ordem de lançar sobre Deus toda a nossa ansiedade transmite a ideia de que a ansiedade é um fardo pesado, que nos esmaga. Não podemos carregar esse peso sozinhos tampouco precisamos levá-lo estribados em nossa própria força. A palavra ansiedade significa “estrangulamento, puxar em direção oposta, tirar o oxigênio”. A ansiedade é inútil, pois não pode acrescentar sequer alguns centímetros ao curso da nossa vida. A ansiedade é prejudicial, pois não nos fortalece para enfrentar os problemas, antes, drena nossas energias e nos fragiliza ainda mais. A ansiedade é um sinal de incredulidade, pois são aqueles que não conhecem a Deus que se preocupam com o que vão comer, beber e vestir. Devemos, antes, buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, sabendo que as demais coisas nos serão acrescentadas. Se Deus cuida dos pássaros e das plantas, e se valemos mais do que aves e plantas, certamente, Deus cuidará de nós. 

​Em terceiro lugar, a ansiedade pode ser lançada sobre Deus. O apóstolo Pedro recomenda a tirarmos essa mochila pesada das costas, a lançarmos esse farado pesado da ansiedade sobre Deus. Nós não temos forças suficientes para enfrentarmos todas as ameaças da ansiedade, mas Deus é poderoso para aliviar nossa bagagem. Aquele que sustenta o universo pode levar nosso fardo. Quando depositamos nossos medos, angústias e ansiedade aos pés do Senhor não só ficamos aliviados, mas, também, podemos prosseguir a jornada da vida, sabendo que o jugo de Jesus é suave e o seu fardo é leve. O Senhor veio não para nos escravizar, mas para nos libertar. Veio não para nos oprimir, mas para refrigerar nossa alma. Veio não para nos colocar debaixo de um tacão cruel e pesado, mas para nos dar vida e vida em abundância.

​Em quarto lugar, a ansiedade tem solução no cuidado divino. O apóstolo Pedro esclarece que a podemos ficar livres da ansiedade, porque Deus tem cuidado de nós. Ele se compadece de nós em nossa fraqueza e nos assiste. Ele toma o nosso fardo e o carrega por nós. Ele nos conhece completamente e mesmo assim nos ama com amor eterno. Ele como um Pai, nos carrega no colo e enxuga nossas lágrimas. Ele nos levanta, tonifica as musculaturas da nossa alma e nos enche de esperança e gozo. Ele perdoa nossos pecados e coloca um cântico de vitória em nossos lábios. Ele nos guia com seu conselho eterno e nos recebe na glória.

Rev. Hernandes Dias Lopes

FONTE: Hernandes Dias Lopes