terça-feira, 30 de novembro de 2021

Novo Cântico: conheça a história desse hinário cristão

 Se você é presbiteriano raiz, vai amar ler e compartilhar esta história do Hinário Novo Cântico [HNC] com os irmãos. 

Afinal, são canções que inspiram e edificam. Bem como, por trás de cada melodia, uma história de perseverança, esperança e redenção. Logo, hinos do HNC são cantados com fé e temor a Deus desde que surgiram.

Hinário Novo Cântico tem uma história de fé
O Hinário Novo Cântico é uma obra associada à Igreja Presbiteriana (Imagem/Divulgação)

Com 400 peças, o Hinário Novo Cântico contém  músicas cantadas mundialmente em várias línguas. Mas, muitas pessoas ainda não conhecem a história, nem como ocorreu a complicação harmoniosa desses cânticos. Nesse sentido, preparamos essa breve biografia importante para relembrar a história inspiradora de compilação destes clássicos da hinologia cristã.

Vem com a gente!

Como surgiu o Hinário Novo Cântico?

A contribuição das igrejas cristãs na história da música foi fundamental para o enriquecimento da adoração. Nesse sentido, o Hinário Novo Cântico foi o pilar que formou os cânticos das Igrejas Presbiterianas do Brasill

Mas, como o próprio nome diz, este hinário é uma nova reformulação. Logo, o Novo Cântico foi inspirado no livro Salmos e Hinos, que era utilizado nos cultos antes deste compilado. Nesse sentido, vamos falar um pouco de como foi o procedimento até a chegada oficial do HNC. 

História da compilação do Hinário Novo Cântico

O Salmos e Hinos é o hinário congregacionalista, compilado pelo casal Robert Reid Kalley (1809-1888) e Sarah Poulton Kalley (1825-1907) no ano de 1855.

Este foi o primeiro hinário do Brasil. Logo, esta obra serviu de exemplo para as muitas denominações que foram se constituindo no país. 

Ashbel Green Simonton, um dos idealizadores do hinário novo cântico
Ashbel Green Simonton foi um dos pioneiros da Igreja Presbiteriana no Brasil (Imagem/Internet)

Nesse sentido, quando o trabalho missionário presbiteriano começou no Brasil, através de Ashbel Green Simonton (1833-1867) em 1859, a IPB também utilizou este hinário congregacionalista. Assim sendo, os presbiterianos utilizaram os Salmos e Hinos pelo período de 1861 a 1867.

Primeira versão do Hinário Novo Cântico

Após este tempo utilizando o Salmos e Hinos, os líderes da Igreja Presbiteriana do Brasil entenderam que a denominação deveria ter seu próprio hinário. Primordialmente, porque o Salmos e Hinos era passível de correção linguística e doutrinária.

Dessa forma, antes que o Hinário Novo Cântico surgisse para padronizar os cânticos da igreja, outros hinários locais foram servindo de subsídio para as cantorias do culto presbiteriano. Nesse sentido, entre as décadas de 30 e 40, o hinólogo e líder presbiteriano Jerônimo de Carvalho Silva Gueiros (1880-1953), publicou o “Novo Hinário”, em Recife, com 220 hinos.

Ademais, na década de 60, muitas igrejas presbiterianas utilizaram o Hinário Evangélico. Essa obra foi publicada em 1945, no Rio de Janeiro, pela Confederação Evangélica do Brasil. 

Hinário Novo Cântico faz parte da hinologia cristã
O início do surgimento a hinologia cristã dada de meados do século XIX (Foto/Internet)

E assim foi, até 1974, quando o  Rev. Boanerges Ribeiro, com o apoio do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, decidiu estruturar um hinário oficial da igreja.

Atenilde Cunha – compiladora proativa do Hinário

Atenilde Cunha, de saudosa memória, era professora de música, cantora e regente. Ela foi a hinóloga escolhida para esta importante missão. Com “sangue no olho”, ela era destemida, e queria ir além no projeto de estruturação do Novo Cântico.

Nesse sentido, quando foi chamada para este célebre trabalho de compilação, ela teve a intenção de estruturar todo o hinário somente com autores presbiterianos. Logo, ela acreditava que, por ser uma igreja centenária, a Presbiteriana deveria ter esse diferencial dos hinários Cantor Cristão, Salmos e Hinos, ou Hinário Evangélico, que possuem autores de variadas denominações. 

Principalmente, com a finalidade de que o hinário pudesse ser chamado de Hinário Presbiteriano.

Porém, não teve êxito. Pois, somente 13% dos autores do Novo Cântico são presbiterianos. Nesse sentido, o hinário é composto por autores de várias denominações, como, por exemplo: anglicanos, metodistas, batistas, congregacionalistas, católicos, unitarianos e episcopais. Além de autores da Igreja Reformada Holandesa e da Igreja Reformada Sueca.

Hinário Novo Cântico é oficialmente publicado

Para melhor estruturação do hinário, foi organizada, em 1978, uma comissão com o Pr. Sebastião Guimarães Filho e Volmer Portugal.

Contudo, por questões financeiras, o projeto de estruturação do Hinário Novo Cântico ficou em pausa por dois anos (1983-1984). Mas, logo foi retomado.

Partitura de Palavra Abençoada, hino no Novo Cântico
Palavra Abençoada é uma das peças do Hinário Novo Cântico (Foto/Intetnet)

Por fim, o HNC foi publicado no ano de 1991, com 15,5 cm x 23 cm, 678 páginas, capa dura preta, e letras douradas destacando seu nome. A publicação foi feita pela Casa Editora Presbiteriana.

Estilo de composição das obras do HNC

Se você chegou até aqui, certamente conheceu um pouco sobre a história do HNC. Para completar o seu conhecimento, no entanto, precisamos comentar sobre os processos de composição dos hinos.

Cada obra presente no Novo Cântico foi composta a partir de histórias realmente inspiradoras. Esses compositores, tanto homens quanto mulheres, foram usados por Deus para desenvolverem lindas melodias com letras que tocam a alma. Em síntese, a ideia sempre foi edificar vidas, bem como louvar e adorar a Deus.

Os poetas, jornalistas, professores e atletas que escreveram o hinário, certamente fizeram um trabalho que perpetuará entre as gerações futuras.

Marina Costa

Fonte: https://www.cifraclub.com.br/

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