O PAI NOSSO, ENSINADO POR JESUS, É O MODELO
PERFEITO DE ORAÇÃO.
Esta, nos ensina como devemos dirigir nossas
orações a Deus. A oração do Pai Nosso não é uma fórmula mágica, que precisamos
repetir palavra por palavra para funcionar, mas é um guia, uma orientação para
orar ao Senhor.
Jesus
mostrou através dessa oração, quais os assuntos que devemos normalmente levar a
Deus nas nossas súplicas, que são:
·
3 pedidos
relacionados a Deus, Sua honra, Seu Reino e Glória;
·
3 pedidos
relacionados às necessidades humanas (temporais e espirituais).
Com isso,
Jesus ensinou-nos a buscar primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça (Mateus
6:33), e depois as outras coisas. Podemos usar os temas da oração do Pai Nosso
para fazer nossas próprias orações. Veja a oração e explicações:
Portanto,
orem da seguinte forma:
Pai
nosso que estás no céu, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino.
Seja
feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o pão para este
dia,
e
perdoa nossas dívidas, assim como perdoamos os nossos devedores. E não nos
deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu é o reino, o poder e a
glória para sempre. Amém.
-
Mateus 6:9-13
1. "Pai nosso..."
Jesus ensinou-nos a chamar Deus de Pai. Ele poderia
ter usado "Senhor", "Deus", "Rei" ou qualquer
outro título, mas preferiu usar na oração “Pai”. Um rei pode não
ter filhos, um senhor pode não ter filhos, mas não há pai sem seus filhos. Deus
é o Pai, Criador e sustentador de todas as coisas. Ele é eternamente Pai do
nosso Senhor Jesus Cristo e de todos os seres criados. Mas decidiu adotar os
crentes em Jesus como seus filhos também (João 1:12). O Pai celestial
acolheu-nos como filhos amados e deseja ter um relacionamento de intimidade
conosco. Outro pormenor interessante é Jesus ter usado o "nosso"
(pronome no plural). Isso nos faz lembrar da dimensão comunitária da oração.
Nosso Pai do céu nos vê como irmãos em Cristo, por isso também devemos viver
assim e orar uns pelos outros como família.
A
expressão "Pai nosso" não nos impede de
usar "meu Pai" nas nossas orações
pessoais solitárias, mas é um testemunho público de reconhecimento da
Paternidade de Deus sobre nós. Não temos um Deus exclusivo ou particularmente
nosso, mas Ele é nosso Pai. Todos gozamos desse privilégio compartilhado por
todos os filhos, na grande família de Deus.
2. "... que está no céu"
Essas palavras não limitam a presença de Deus ao
céu. Elas apenas expressam a infinita grandeza e glória do Senhor, acima do
Universo visível. Deus tem a Sua presença nos céus e na terra (Dt 4:39).
Nenhum 'deus' do universo visível (politeísmo ou
panteísmo) pode ser comparado ao Pai celestial, que habita o Céu dos céus (céu
invisível acima do universo criado). Ele é Supremo, está exaltado na Sua Morada
celestial.
O Pai é distinto e superior a nós, a todos os pais
da terra e a todos os falsos deuses e ídolos destes= mundo (Eclesiastes 5:2).
Jesus realça esse dado importante acerca do Pai que está no céu, para que a
nossa compreensão distorcida retifique que Deus é Infinito, Absoluto e
Incomparável.
3."Santificado seja o Teu nome"
Santificar o Nome de Deus é o primeiro pedido na
oração do Pai Nosso. O Pai Celestial deve ser santificado pelos seus filhos.
Isso significa que devemos glorificar a Deus, ou o nome de Deus, em tudo que
fazemos ou pensamos, nas nossas atitudes e relacionamentos. Enfim, tudo deve
honrar extremamente o nome de Deus.
A palavra santificar significa 'tornar santo' ou
'separado'. Essa separação tem a ver com distinção, veneração e
excepcionalidade do Senhor. Deus não é comparável a nenhum outro ser no
Universo. Portanto, nenhum outro deve receber a adoração devida ao Senhor.
Deus é santificado (honrado e glorificado) quando a
Sua existência é acreditada, quando a Sua perfeição é amada e reverenciada e em
nossas vidas (1 Pedro 3:15) e quando as suas obras são admiradas e
reconhecidas. Isso é santificar a Deus, tornando-O honrado e glorioso, tal como
Ele é.
Pense nisto: Jesus
nos ensinou a falar diretamente com Deus. Não precisamos de intermediários,
como Maria ou os santos. Deus ouve nossas orações. Mas devemos orar com
respeito e humildade, pedindo que Deus seja glorificado até em nossas orações.
4. "Venha o Teu Reino..."
A chegada do Reino de Deus tem a ver com o Seu
governo eterno sobre todas as coisas. Deus é o Rei divino e o Seu reino é
espiritual, moral e real. O "Reino de Deus" ou o "Reino dos
Céus", ou "Reino de Cristo", etc, já havia começado desde o
início, mas foi inaugurado com a vinda de Jesus.
O avanço do Reino do Senhor ao longo dos tempos se
deu através da aceitação e reconhecimento de Deus como Rei, e do cumprimento
das expectativas messiânicas, com a chegada do Messias. Jesus Cristo inaugurou
a chegada do Reino de Deus que ainda prossegue, até alcançar toda a sua
plenitude no final dos tempos.
Somente aí, quando Cristo voltar em glória, o reino
de Deus estará estendido de forma completa a todos os povos e nações.
5. "Seja feita a tua vontade, assim na terra como no
céu"
Este 3º pedido relacionado a Deus e ao seu Reino,
tem a ver com a Sua vontade. Se por um lado, aqui na terra muitos ainda
rejeitam a Deus e à Sua vontade, sabemos que no Céu todos os seres celestiais
são comprometidos e totalmente submissos à vontade de Deus.
Trata-se de um contraste enorme, entre um lugar
(Céu) onde Deus é honrado e glorificado na perfeição pelos anjos e seres
celestiais e outro, onde muitos tentam cumprir essa vontade, mas ainda
imperfeitamente.
Este deve ser o nosso desejo hoje: cumprir retamente
a vontade de Deus. Essa é uma obediência que envolve prontidão, dedicação e
amor. Novamente, quando Cristo voltar em glória, a vontade de Deus será
perfeita e completa, feita por toda a terra assim como é feita hoje no Céu.
Pense
nisso: Quantas vezes a oração está carregada de
chantagem e exigência? Deus, eu quero isto, e aquilo,
desta forma, hoje ou agora! Senão eu deixo de amar você... -
isso não é oração. A vontade de Deus é mais importante que nossa vontade.
Quando oramos, devemos começar por submeter nossa vontade à vontade de Deus.
6. Pão nosso de cada dia...
Aqui começa a série dos outros três pedidos que
Jesus adicionou à oração do Pai nosso. Depois de pedir que Deus seja
glorificado, Seu Reino venha e Sua vontade seja feita, agora podemos pedir por
sustento e conforto necessários na vida presente. Essas petições relacionadas
às necessidades humanas: Pão, Perdão e Proteção, também em Lucas 11:3. Cada
palavra revela uma lição importante:
·
"O pão nosso" pode significar: pão
natural e pão espiritual - o que resume todas as coisas necessária para a
manutenção da vida, do corpo e da alma. Um pão honesto, que seja realmente
nosso, Lembramos dos outros ensinamentos de Jesus: "Nem só de pão viverá o homem... (Mat.4:4);
"Eu
sou o Pão vivo que desceu do céu..." (João 6:51).
·
"deste
dia" significa que:
·
não precisamos ficar ansiosos com o dia de amanhã;
·
somos ensinados a depender diariamente na Divina
Providência
·
só precisamos do que é necessário para hoje, não
para esbanjar ou para acumular riquezas
·
"dá-nos
hoje" isso leva-nos a pensar em dependência.
Precisamos do Pai celestial para ter o suficiente para nossas vidas. Por isso,
lhe pedimos: nos dê! Não dizemos nos venda, nos empreste ou nos pague, como se
Ele fosse obrigado a tal. Humildemente pedimos que nos dê o pão diário. Sempre
estaremos em dívida com Deus por tudo que Ele nos dá.
Pense nisto: Revoluções
já foram iniciadas por falta de pão. Pão é um alimento básico, importante para
sobreviver. Nossa vida, nosso sustento depende de Deus. Quando reconhecemos
isso e oramos confiando em Deus, Ele nos dá o sustento que precisamos, mesmo
quando parece impossível.
7. Perdão para as nossas dívidas...
O perdão é
fundamental para as nossas vidas (ao nível espiritual, emocional e relacional).
Todo tipo de transgressão, ofensa, pecado ou vício, ofende a Deus e certamente
também ferirá outras pessoas. Além disso, o castigo por essas ofensas causará
sofrimento, quando tivermos que "pagar" pelas dívidas perante a
Justiça Divina.
A dívida do mal que
cometemos, contra Deus e contra o nosso próximo, precisa de ser reconhecida,
confessada e abandonada.
Contudo, há uma condição prevista nos termos de a
oração: "perdoa-nos
assim como perdoamos aos nossos devedores". Aqui o
perdão para as nossas falhas aparece condicionado ao perdão que também damos
aos outros.
Devemos perdoar, tal
como esperamos ser perdoados. Aqueles que desejam encontrar misericórdia em
Deus para os seus erros, devem também mostrar misericórdia para com seu
próximo. Mesmo que lhe causado dano, ofensa ou sofrimento.
Pense
nisto: Uma parte importante da oração é pedir e
oferecer perdão. Devemos ser humildes para reconhecer nossos erros e pedir
perdão a Deus. Mas também devemos perdoar quem pecou contra nós. Quando
entendemos que Deus nos perdoa quando não merecemos, devemos fazer o mesmo com
outras pessoas que não merecem.
8. Proteção - "não nos deixes cair em tentação..."
Aqui Jesus inicia a sexta petição. Ele nos mostra
que as provações ou tentações da vida podem ser vencidas. Com a ajuda do Pai
celestial, podemos ser preservados do pecado. Isso significa que Ele pode
retirar a tentação quando é forte demais, ou pode amenizar as forças da
tentação ou pode aumentar as nossas forças contra ela.
Esse pedido nos ensina a considerar a nossa própria
incapacidade de afastar e vencer a tentação. E, mostra também como temos a
necessidade de capacitação do Alto para conseguir resistir no dia mau.
A
resistência contra a tentação e provação produzem em nós o resultado da alegria
e resiliência. Tal como é dito: "tenham grande alegria quando passarem por provações... por
que isso produz perseverança." (Tiago
1:2-3). Isso torna-se um exercício de aprimoramento da fé, piedade e das
virtudes, para que outros possam ser encorajados pela nossa perseverança nas
provações.
O
Pai Nosso, ensinado por Jesus, é o modelo perfeito de oração.
Esta, nos ensina como devemos dirigir nossas orações a Deus. A oração do Pai
Nosso não é uma fórmula mágica, que precisamos repetir palavra por palavra para
funcionar, mas é um guia, uma orientação para orar ao Senhor.
Jesus mostrou através dessa oração, quais os
assuntos que devemos normalmente levar a Deus nas nossas súplicas, que são:
·
3 pedidos relacionados a Deus, Sua honra, Seu Reino
e Glória;
·
3 pedidos relacionados às necessidades humanas
(temporais e espirituais).
Com isso, Jesus ensinou-nos a buscar primeiro o
Reino de Deus e a Sua justiça (Mateus 6:33), e depois as outras coisas. Podemos
usar os temas da oração do Pai Nosso para fazer nossas próprias orações. Veja a
oração e explicações:
Portanto,
orem da seguinte forma:
Pai
nosso que estás no céu, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino.
Seja
feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o pão para este
dia,
e
perdoa nossas dívidas, assim como perdoamos os nossos devedores. E não nos
deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu é o reino, o poder e a
glória para sempre. Amém.
-
Mateus 6:9-13
1. "Pai nosso..."
Jesus ensinou-nos a chamar Deus de Pai. Ele poderia
ter usado "Senhor", "Deus", "Rei" ou qualquer
outro título, mas preferiu usar na oração “Pai”. Um rei pode não
ter filhos, um senhor pode não ter filhos, mas não há pai sem seus filhos. Deus
é o Pai, Criador e sustentador de todas as coisas. Ele é eternamente Pai do
nosso Senhor Jesus Cristo e de todos os seres criados. Mas decidiu adotar os
crentes em Jesus como seus filhos também (João 1:12). O Pai celestial
acolheu-nos como filhos amados e deseja ter um relacionamento de intimidade
conosco. Outro pormenor interessante é Jesus ter usado o "nosso"
(pronome no plural). Isso nos faz lembrar da dimensão comunitária da oração.
Nosso Pai do céu nos vê como irmãos em Cristo, por isso também devemos viver
assim e orar uns pelos outros como família. A expressão "Pai nosso" não
nos impede de usar "meu Pai" nas nossas orações
pessoais solitárias, mas é um testemunho público de reconhecimento da
Paternidade de Deus sobre nós. Não temos um Deus exclusivo ou particularmente
nosso, mas Ele é nosso Pai. Todos gozamos desse privilégio compartilhado por
todos os filhos, na grande família de Deus.
2. "... que está no céu"
Essas palavras não limitam a presença de Deus ao
céu. Elas apenas expressam a infinita grandeza e glória do Senhor, acima do
Universo visível. Deus tem a Sua presença nos céus e na terra (Dt 4:39).
Nenhum 'deus' do universo visível (politeísmo ou
panteísmo) pode ser comparado ao Pai celestial, que habita o Céu dos céus (céu
invisível acima do universo criado). Ele é Supremo, está exaltado na Sua Morada
celestial.
O Pai é distinto e superior a nós, a todos os pais
da terra e a todos os falsos deuses e ídolos destes= mundo (Eclesiastes 5:2).
Jesus realça esse dado importante acerca do Pai que está no céu, para que a
nossa compreensão distorcida retifique que Deus é Infinito, Absoluto e
Incomparável.
3."Santificado seja o Teu nome"
Santificar o Nome de Deus é o primeiro pedido na
oração do Pai Nosso. O Pai Celestial deve ser santificado pelos seus filhos.
Isso significa que devemos glorificar a Deus, ou o nome de Deus, em tudo que
fazemos ou pensamos, nas nossas atitudes e relacionamentos. Enfim, tudo deve
honrar extremamente o nome de Deus.
A palavra santificar significa 'tornar santo' ou
'separado'. Essa separação tem a ver com distinção, veneração e
excepcionalidade do Senhor. Deus não é comparável a nenhum outro ser no
Universo. Portanto, nenhum outro deve receber a adoração devida ao Senhor.
Deus é santificado (honrado e glorificado) quando a
Sua existência é acreditada, quando a Sua perfeição é amada e reverenciada e em
nossas vidas (1 Pedro 3:15) e quando as suas obras são admiradas e
reconhecidas. Isso é santificar a Deus, tornando-O honrado e glorioso, tal como
Ele é.
Pense
nisto: Jesus nos ensinou a falar diretamente com Deus. Não
precisamos de intermediários, como Maria ou os santos. Deus ouve nossas
orações. Mas devemos orar com respeito e humildade, pedindo que Deus seja
glorificado até em nossas orações.
4. "Venha o Teu Reino..."
A chegada do Reino de Deus tem a ver com o Seu
governo eterno sobre todas as coisas. Deus é o Rei divino e o Seu reino é
espiritual, moral e real. O "Reino de Deus" ou o "Reino dos
Céus", ou "Reino de Cristo", etc, já havia começado desde o
início, mas foi inaugurado com a vinda de Jesus. O avanço do Reino do Senhor ao
longo dos tempos se deu através da aceitação e reconhecimento de Deus como Rei,
e do cumprimento das expectativas messiânicas, com a chegada do Messias. Jesus
Cristo inaugurou a chegada do Reino de Deus que ainda prossegue, até alcançar
toda a sua plenitude no final dos tempos. Somente aí, quando Cristo voltar em
glória, o reino de Deus estará estendido de forma completa a todos os povos e
nações.
5. "Seja feita a tua vontade, assim na terra como no
céu"
Este 3º pedido relacionado a Deus e ao seu Reino,
tem a ver com a Sua vontade. Se por um lado, aqui na terra muitos ainda
rejeitam a Deus e à Sua vontade, sabemos que no Céu todos os seres celestiais
são comprometidos e totalmente submissos à vontade de Deus. Trata-se de um
contraste enorme, entre um lugar (Céu) onde Deus é honrado e glorificado na
perfeição pelos anjos e seres celestiais e outro, onde muitos tentam cumprir
essa vontade, mas ainda imperfeitamente. Este deve ser o nosso desejo hoje:
cumprir retamente a vontade de Deus. Essa é uma obediência que envolve
prontidão, dedicação e amor. Novamente, quando Cristo voltar em glória, a
vontade de Deus será perfeita e completa, feita por toda a terra assim como é
feita hoje no Céu.
Pense
nisso: Quantas vezes a oração está carregada de
chantagem e exigência? Deus, eu quero isto, e aquilo, desta forma, hoje ou agora! Senão
eu deixo de amar você... - isso não é oração. A vontade de
Deus é mais importante que nossa vontade. Quando oramos, devemos começar por
submeter nossa vontade à vontade de Deus.
6. Pão nosso de cada dia...
Aqui começa a série dos outros três pedidos que
Jesus adicionou à oração do Pai nosso. Depois de pedir que Deus seja
glorificado, Seu Reino venha e Sua vontade seja feita, agora podemos pedir por
sustento e conforto necessários na vida presente. Essas petições relacionadas
às necessidades humanas: Pão, Perdão e Proteção, também em Lucas 11:3. Cada
palavra revela uma lição importante:
·
"O pão nosso" pode significar: pão
natural e pão espiritual - o que resume todas as coisas necessária para a
manutenção da vida, do corpo e da alma. Um pão honesto, que seja realmente
nosso, Lembramos dos outros ensinamentos de Jesus: "Nem só de pão viverá o homem... (Mat.4:4);
"Eu
sou o Pão vivo que desceu do céu..." (João 6:51).
·
"deste
dia" significa que:
·
não precisamos ficar ansiosos com o dia de amanhã;
·
somos ensinados a depender diariamente na Divina
Providência
·
só precisamos do que é necessário para hoje, não
para esbanjar ou para acumular riquezas
·
"dá-nos
hoje" isso leva-nos a pensar em dependência.
Precisamos do Pai celestial para ter o suficiente para nossas vidas. Por isso,
lhe pedimos: nos dê! Não dizemos nos venda, nos empreste ou nos pague, como se
Ele fosse obrigado a tal. Humildemente pedimos que nos dê o pão diário. Sempre
estaremos em dívida com Deus por tudo que Ele nos dá.
Pense
nisto: Revoluções já foram iniciadas por falta de
pão. Pão é um alimento básico, importante para sobreviver. Nossa vida, nosso
sustento dependem de Deus. Quando reconhecemos isso e oramos confiando em Deus,
Ele nos dá o sustento que precisamos, mesmo quando parece impossível.
7. Perdão para as nossas dívidas...
O
perdão é fundamental para as nossas vidas (ao nível espiritual, emocional e
relacional). Todo tipo de transgressão, ofensa, pecado ou vício, ofende a Deus
e certamente também ferirá outras pessoas. Além disso, o castigo por essas
ofensas causará sofrimento, quando tivermos que "pagar" pelas dívidas
perante a Justiça Divina. A dívida do mal que cometemos, contra Deus e contra o
nosso próximo, precisa de ser reconhecida, confessada e abandonada. Contudo, há
uma condição prevista nos termos de a oração: "perdoa-nos assim
como perdoamos aos nossos devedores". Aqui o perdão
para as nossas falhas aparece condicionado ao perdão que também damos aos
outros. Devemos perdoar, tal como esperamos ser perdoados. Aqueles que desejam
encontrar misericórdia em Deus para os seus erros, devem também mostrar
misericórdia para com seu próximo. Mesmo que lhe causado danos, ofensa ou
sofrimento.
Pense
nisto: Uma parte importante da oração é pedir e
oferecer perdão. Devemos ser humildes para reconhecer nossos erros e pedir
perdão a Deus. Mas também devemos perdoar quem pecou contra nós. Quando
entendemos que Deus nos perdoa quando não merecemos, devemos fazer o mesmo com
outras pessoas que não merecem.
8. Proteção - "não nos deixes cair em tentação..."
Aqui
Jesus inicia a sexta petição. Ele nos mostra que as provações ou tentações da
vida podem ser vencidas. Com a ajuda do Pai celestial, podemos ser preservados
do pecado. Isso significa que Ele pode retirar a tentação quando é forte
demais, ou pode amenizar as forças da tentação ou pode aumentar as nossas
forças contra ela. Esse pedido nos ensina a considerar a nossa própria
incapacidade de afastar e vencer a tentação. E, mostra também como temos a
necessidade de capacitação do Alto para conseguir resistir no dia mau. A
resistência contra a tentação e provação produzem em nós o resultado da alegria
e resiliência. Tal como é dito: "tenham grande alegria quando passarem por provações... por
que isso produz perseverança." (Tiago
1:2-3). Isso torna-se um exercício de aprimoramento da fé, piedade e das
virtudes, para que outros possam ser encorajados pela nossa perseverança nas
provações.
9. Proteção - "Livra-nos do Mal"
Aqui
a palavra no grego para 'mal', "πονηρός" (ponēros) tanto pode
indicar o mal (neutro) no sentido abstrato, em geral, quanto o mal (masculino)
como 'Maligno', equivalente ao diabo ou Satanás. A inclusão dessa expressão na
oração ajuda-nos a lembrar que corremos um outro perigo, temos um Acusador que
também nos tenta para o mal. Somado ao pecado da nossa natureza, e à nossa
inclinação carnal, existe o Diabo, que nos manipula e engana para o mal.
Lembremos que, como ladrão, ele veio para matar, roubar e destruir (João
10:10). Esta, pode ser a referência na oração que completa a ideia de
livramento contra tentação. Livra-nos de todos os tipos de males, inclusive do
Tentador que é o nosso Inimigo.
10. "Pois Teu é o Reino, Poder e Glória..."
Esse
final da oração, chamada de "doxologia" (expressão conclusiva
de glorificação e louvor a Deus), não aparece em todos os manuscritos antigos.
Por isso, ela aparece entre colchetes nas traduções das nossas Bíblias.
Contudo, essa parte final manifesta o entendimento que a glória e a honra de
Deus devem ser o objetivo principal da oração dos filhos. A glorificação de
Deus deve conduzir as nossas orações do início ao fim.
"Teu
é o Reino" - Aqui se mostra a convicção de que Deus é
soberano e tem o domínio total do universo. Ele tem o controle sobre todas as
coisas, pois reina e governa sobre tudo.
"Teu
é o Poder" - Cremos que o Pai, todo-poderoso no Céu e na
terra, tem poder para realizar o que pedimos. Nós somos fracos e necessitados,
mas Deus tudo pode, nada é impossível para Ele.
"Tua
é a glória" - As nossas orações são ouvidas e atendidas
para a honra e louvor de Deus, não nossa. A glória de Deus é demonstrada quando
Ele provê as nossas necessidades. O louvor e gratidão ao Senhor serão
celebrados fazendo com que o Reino de Deus se amplie pela terra.
Pense
nisso: Deus não nos livra de todas as dificuldades,
mas ele nos ajuda a ficar firmes na luta contra o pecado. Quando estamos
lutando contra tentações, podemos pedir a força de Deus para fazer o que é
certo. Deus é mais forte que o pecado. Quando vencemos o pecado, mostramos a
glória do Reino de Deus.
Use a Oração do Pai Nosso como um modelo para se
dirigir a Deus em oração. Com a ajuda do Espírito Santo, dedique hoje algum
tempo para orar a Deus.