segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Uma mensagem de consolação


 

O profeta Isaías, paladino das boas novas de consolação ao povo de Deus, no capítulo 35.1-10, carrega as tintas para enfatizar a felicidade de Sião, na era messiânica. Destacaremos, aqui, alguns aspectos dessa consolação:

Em primeiro lugar, a vitória sobre a fraqueza (Is 35.3). “Fortalecei as mãos frouxas e firmai os joelhos vacilantes”. As fraquezas decorrentes do pecado e a opressão dos inimigos afrouxam as mãos e deixam os joelhos trôpegos. Porém, sob o domínio do Messias, não há mais espaço para a fraqueza nem para a prostração. As mãos são fortalecidas e os joelhos aprumados.

Em segundo lugar, a vitória sobre o desânimo (Is 35.4). “Dizei aos desalentados de coração: Sede fortes, não temais. Eis o vosso Deus…”. O povo restaurado é, também, o mesmo que encoraja os desalentados de coração. Em vez de sucumbir à dor, os restaurados do Senhor tornam-se instrumentos de encorajamento aos desalentados.

Em terceiro lugar, a vitória sobre as enfermidades (Is 35.5,6). “Então, se abrirão os olhos dos cegos, e se desimpedirão os ouvidos dos surdos; os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará…”. Jesus deu provas de sua divindade e messianidade fazendo as mesmas obras de Deus. Ele abriu os olhos aos cegos; ele tirou o tampão dos ouvidos dos surdos. Ele levantou os paralíticos e fez falar os mudos. Ele curou toda sorte de enfermidades e trouxe cura para todos os tipos de enfermos.

Em quarto lugar, a vitória sobre as agruras da natureza (Is 35.1,2,6b,7). “O deserto e a terra se alegrarão; o ermo exultará e florescerá como o narciso. Florescerá abundantemente, jubilará de alegria e exultará […], pois águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo. A areia esbraseada se transformará em lagos, e a terra sedenta, em mananciais de águas; onde outrora viviam os chacais, crescerá a erva com canas e juncos”. A salvação de Deus não apenas alcança o seu povo, mas também toda a terra. O Senhor resgatará a natureza de seu cativeiro. Agora, a terra geme, o mar geme, os rios gemem, os astros gemem, os homens gemem, mas, haverá um dia em que a natureza restaurada irromperá de alegria. Os desertos florescerão. Nos ermos brotarão fontes. As areias esbraseantes se transformarão em lagos e os lugares habitados por bestas feras serão campos férteis.

Em quinto lugar, a vitória sobre o pecado (Is 35.8). “E ali haverá bom caminho, caminho que se chamará o Caminho Santo; o imundo não passará por ele, pois será somente para o seu povo; quem quer que por ele caminhe não errará, nem mesmo o louco”. O governo do Messias será marcado por sanidade e santidade. Por esse caminho só andarão aqueles que foram resgatados pelo Senhor. O imundo não passará por ele.

Em sexto lugar, a vitória sobre a tristeza (Is 35.10). “Os resgatados do Senhor voltarão e virão a Sião com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido”. O retorno a Sião é uma tipo da glorificação dos remidos, quando entraremos na Sião Celestial. Ali haverá júbilo e não choro. Ali, a alegria eterna coroará a nossa cabeça, pois Deus enxugará dos nossos olhos toda a lágrima. Ali não haverá mais luto, nem pranto nem dor, pois estaremos com o Senhor na bem-aventurança eterna.

Rev. Hernandes Dias Lopes

FONTE: hernandesdiaslopes.com.br

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Evangelhos Falsos


Evangelhos Falsos

por

John Robbins

 

Dinheiro falso se parece com dinheiro genuíno e — ele tem que ser assim —, para poder enganar as pessoas. Evangelhos falsos são parecidos com o real, e eles enganam a muitos.

Paulo adverte sobre os evangelhos falsos em duas de suas cartas às igrejas da Grécia e da Ásia. Na segunda carta aos cristãos da cidade grega de Corinto, ele condena os pregadores e evangelistas que “prega[m] outro Jesus que não pregamos [...] ou outro evangelho que não acolhestes”. E em sua carta às igrejas da Galácia, Paulo escreveu: “Estou admirado de que estejais sendo desviados tão depressa daquele que vos chamou pela graça de Cristo para outro evangelho, que de fato não é outro evangelho, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo”.

Paulo irou-se com alguns pregadores, e advertiu os gálatas: “Mas, ainda que nós mesmos, ou um anjo vindo do céu vos pregue um evangelho diferente do que já vos pregamos, seja maldito”.

Essa advertência deveria fazer os pregadores pensar duas vezes sobre o evangelho que anunciam; entretanto, vários deles continuam a pregar evangelhos falsos. Diversos líderes religiosos encontram-se confusos acerca do evangelho de Jesus Cristo. Pensam que o evangelho significa: “Você precisa nascer de novo”.

O evangelho não é isso. Tampouco é: “Você precisa ser cheio (ou batizado com) o Espírito Santo”.

E nem também: “Você precisa ser bom”.

Na verdade, o evangelho de Jesus Cristo não é nenhuma destas coisas:

“Você precisa ser batizado”.

“Você deve falar em línguas”.

“Você deve confessar seus pecados a um padre”.

“Você pode fazer milagres”.

“Espere pelo milagre!”.

“Você precisa ser salvo”.

“Deixe Jesus entrar em seu coração”.

“Você deve se relacionar pessoalmente (ou ter um encontro, ou uma experiência) com Jesus Cristo”.

“Você só precisa acreditar no que a igreja ensina”.

“Arrependa-se de seus pecados”.

“Torne Jesus o Senhor de sua vida!”.

“Coloque Cristo no trono de sua vida!”.

“Jesus foi o melhor homem que já existiu”.

“Jesus deixou-nos o exemplo para que o sigamos até o céu”.

“Creia em Jesus!”.

“Aproxime-se de Deus”.

“Cristo morreu por todos e deseja que todas as pessoas sejam salvas”.

“Jesus quer ver você feliz, saudável e rico”.

“Deus deseja que você receba a unção!”.

“Tempos difíceis não duram para sempre; pessoas duronas, sim”.

“Você é um vencedor!”.

“Deus é amoroso demais para mandar alguém para o inferno!”.

“Faça uma decisão por Jesus”.

“Os cristãos deveriam tomar posse da Terra”.

“Jesus está voltando outra vez!”.

Todas essas mensagens, ouvidas na televisão, no rádio e nas igrejas, todas as semanas, não são o evangelho de Jesus Cristo. Algumas delas são verdadeiras por terem sido retiradas da Bíblia, tal como: “Jesus está voltando de novo!”, mas o evangelho não se resume à segunda vinda de Jesus; ele trata de sua primeira vinda a Terra, há 2 000 anos.


Que é o evangelho?

A palavra “evangelho” significa “boas notícias”. O evangelho de Jesus Cristo não ensina como chegar ao céu, nem sobre o que Deus pode fazer para mudar sua vida, e certamente não diz respeito a sucesso, prosperidade, saúde ou dinheiro. O evangelho não dá dicas para melhorar sua experiência de vida, levantar a auto-estima ou sobre ser bom.

Os discípulos de Jesus cometeram o erro de confundir o evangelho com sua experiência religiosa, e Cristo os advertiu em Lucas 10:

“Depois disso, o Senhor designou outros setenta e dois e os enviou diante de si, dois em dois, a todas as cidades e lugares para onde ele havia de ir [...] E os setenta e dois voltaram com alegria, dizendo: Senhor, até os demônios se submetem a nós, em teu nome. Ele lhes disse: Eu vi Satanás cair do céu como um raio. Eu vos dei autoridade para pisar serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo; e nada vos fará mal algum. Contudo, não vos alegreis porque os espíritos se submetem a vós, mas pelos vossos nomes estarem escritos nos céus”.

Esses 72 homens foram escolhidos e enviados pelo próprio Jesus. Os demônios sujeitavam-se a eles. Deus realizava coisas extraordinárias na vida deles. Seu evangelismo era um sucesso espetacular. Entretanto, Jesus lhes ordenou solenemente: “não vos alegreis”. Cristo deu-lhes uma ordem direta para que não se alegrassem com suas experiências, não porque elas não fossem motivo para regozijo, mas porque ignoravam um fato muitíssimo mais importante, algo que não fazia parte da experiência deles: Seus nomes estavam escritos nos céus.

Os discípulos tinham em vista a própria experiência e não o que Deus realizara em prol deles desde a eternidade e o que Cristo faria em breve a fim de completar o plano divino da salvação. Cristo ordenou-lhes alegrarem-se por algo que eles nunca haviam experimentado, algo que Deus fizera completamente fora deles e antes de terem nascido. Isso constitui as boas notícias, isso é o evangelho.

A maiorias dos livros, teses, programas de televisão e sermões autodenominados “cristãos” não são nada mais que histórias sobre experiências maravilhosas vividas por algumas pessoas. Jogadores de futebol, astros cinematográficos, advogados famosos, políticos e líderes religiosos — todos têm experiências pessoais e se regozijam por causa delas. Nenhum deles versa sobre o evangelho. Eles usam expressões do tipo “sentimentos”, “senti”, “impressão”, “tive a sensação”, “euforia”, “orientações”, “emoções” — todas centradas em si mesmos e em suas experiências. Mas o evangelho de Jesus Cristo não diz respeito ao egocentrismo e obsessão por experiências pessoais por si sós.

O evangelho de Jesus Cristo não nos diz para sermos bisbilhoteiros espirituais, não nos diz para procurarmos emoções fortes ou sermos guiados por impressões ou orientações. Ele nos diz para confiar somente no que Cristo realizou no Calvário.

O apóstolo Paulo nos diz o que é o evangelho em 1Coríntios 15:

“Irmãos, lembro-vos do evangelho que vos anunciei, o qual também recebestes e no qual estais firmes. Por meio dele sois também salvos, se tiverdes com firmeza a mensagem tal como a anunciei a vós; a não ser que tenhais crido inutilmente. Porque primeiro vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, Segundo as Escrituras; e foi sepultado; e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”.

Isso é o evangelho de Jesus Cristo.

Em sua carta aos cristãos de Roma, Paulo explicou o evangelho desta forma:

“… Pelas obras da lei ninguém será justificado diante dele; pois pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. Mas agora a justiça de Deus manifestou-se, sem a lei, atestada pela Lei e pelos Profetas; isto é, a justiça de Deus por meio da fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; pois não há distinção. Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus ofereceu como sacrifício propiciatório [algo que aplaca a ira de Deus], por meio da fé, pelo seu sangue, para demonstração da sua justiça. Na sua paciência, Deus deixou de punir os pecados anteriormente cometidos; para demonstração da sua justiça no tempo presente, para que ele seja justo e também justificador daquele que tem fé em Jesus [...] Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei”.


Verdade e história

Em contraste com os evangelhos falsos pregados na atualidade, o evangelho é verdadeiro, e não uma lenda ou mito. Jesus Cristo foi um personagem humano, real, da história da humanidade, tanto quanto Napoleão Bonaparte ou Dom Pedro I. Alguns líderes religiosos dizem que Jesus foi um mito ou uma lenda: ele nunca teria existido. Isso não é verdade. Ele nasceu da virgem Maria, na pequena cidade de Belém, há 2 000 anos. Viveu cerca de 33 anos, foi sentenciado à morte pelo governo romano, e ressuscitou dentre os mortos três dias depois. Ao ser açoitado e crucificado, seu sangue escorreu até o chão. Jesus Cristo não é nenhum mito.

Em segundo lugar, o evangelho trata de fatos acontecidos no passado: ele é histórico. O evangelho é as boas notícias a respeito do que Jesus fez em prol de seu povo há 2 000 anos. Ele morreu pelos pecados do seu povo, para que estes não tivessem que morrer por causa deles. Cristo foi sepultado e ao terceiro dia saiu vivo de seu túmulo.

Todos esses acontecimentos independem de nossa experiência/ sentimento. Da mesma forma como todos os seres humanos estão condenados por causa da primeira desobediência de Adão, nosso pai — um pecado totalmente fora de nosso alcance —, da mesma forma todo o povo de Deus é salvo mediante a obediência do segundo e inocente Adão, Jesus Cristo — uma obediência totalmente fora de nosso alcance.

A Bíblia ensina que a salvação foi adquirida mediante a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo — por meio de atos totalmente fora de nosso alcance. O evangelho não é uma experiência subjetiva, mas uma verdade objetiva.

O evangelho é verdade, não ficção. O evangelho é história, não experiência pessoal. O evangelho é o que Jesus realizou em prol de seu povo, e não o que as pessoas precisam fazer por ele. Os pecadores não podem fazer nada para merecer ou herdar a salvação. Eles não podem nem mesmo se preparar para a salvação por estarem mortos em seus pecados.


A certeza da salvação

O evangelho é boas notícias por serem notícias de que a salvação é absolutamente verdadeira para o povo de Deus. Não se trata de mera possibilidade ou probabilidade.

Cristo, ao morrer por seu povo, assumiu a punição merecida pelos pecados deles e alcançou para eles salvação real. Ele não abriu meramente a porta do céu para que pudessem entrar quando e se desejassem. Ele não construiu apenas uma ponte sobre o abismo entre os seres humanos pecaminosos e o Deus santo e perfeito para que as pessoas pudessem achegar-se a Deus se o desejassem. Ele atravessou o abismo para levar seu povo de volta ao céu com ele. Ao dizer: “Está consumado”, ele não mentiu. A morte de Cristo realmente obteve a salvação completa de seu povo. Eles não podem fazer nada para merecer a salvação, e não podem contribuir com ela para que ela aconteça.

O compositor de hinos do século 19 estava correto ao escrever:

Nada que minhas mãos fizeram podem salvar minh'alma culpada.

Nada que minha carne laboriosa tenha imaginado pode tornar meu espírito íntegro.

Nada que eu sinta ou faça pode dar-me paz com Deus.

Nenhuma de minhas orações, gemidos e lágrimas pode remover meu peso terrível.

Tua obra somente, ó Cristo, pode livrar-me desse peso do pecado.

Só teu sangue, ó Cordeiro de Deus, pode dar-me paz interior.

Teu amor por mim, ó Deus, não o meu, ó Senhor, por ti,

Pode arrancar-me desta perturbação tremenda e pôr meu espírito em liberdade.

Eu louvo o Deus da graça; Confio em sua verdade e poder.

Ele me chama “seu”; Eu o chamo “meu”, meu Deus, minha alegria e minha luz.

Este é o que me salvou, e liberalmente concede perdão.

Eu o amo porque ele me amou primeiro; vivo porque ele vive.

Nada que pudermos fazer — nenhuma oração, boa obra, nenhum remorso — pode salvar-nos da punição merecida por nossos pecados. Nada do que acontece conosco, ou em nós, pode nos salvar. A salvação do pecado e do castigo eterno no inferno provém exclusivamente de Jesus Cristo. Não é a atuação do Espírito Santo em nós que nos salva, mas a obra de Cristo a nosso favor, quando ele viveu de modo perfeito e morreu, sendo inocente, há dois mil anos em Israel.

Sobre seu povo e a respeito da salvação deles, Jesus disse: “[Minhas ovelhas] ouvem a minha voz, eu as conheço, e elas me seguem. Dou-lhes a vida eterna, e jamais perecerão; e ninguém as arrancará da minha mão”. Cristo dá a seu povo a vida eterna ao outorgar-lhes a fé: “… se com a tua boca confessares Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”. Ele os faz crer no evangelho: “Cristo morreu pelos nossos pecados”. “Porque Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

Este é o evangelho de Jesus Cristo. Não há outra forma de ser salvo. Creia nas boas notícias a respeito do Senhor Jesus Cristo hoje.

 

Todas as citações bíblicas são do Novo Testamento Almeida Século 21 (São Paulo: Vida Nova, 2005).

 


Evangelhos falsos é uma publicação da Trinity Foundation. Para obter exemplares adicionais deste panfleto, ou mais informações sobre a Bíblia, Jesus Cristo e o cristianismo, por favor, escreva para The Trinity Foundation, Post Office Box 68, Unicoi, Tennessee 37692, USA. Evangelhos falsos , copyright 1994, John W. Robbins.

Traduzido por: Rogério Portella


FONTE: www.monergismo.net.br

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Refletindo sobre o futuro



Refletir sobre o futuro pode ser um tanto assustador, mas hoje quero o encorajar a

pensar no dia de amanhã de outra forma.

ONDE ENCONTRAR NA BÍBLIA?

FILIPENSES 1:6

Tenho certeza de que aquele que começou a boa obra em vocês irá completá-la até o dia em que Cristo Jesus voltar.

ISAÍAS 46:10

Só eu posso lhes anunciar, desde já, o que acontecerá no futuro. Todos os meus planos

se cumprirão, pois faço tudo que desejo.

SALMO 31:15

Meu futuro está em tuas mãos…

FALANDO SOBRE O ASSUNTO

No evangelho de Lucas, há um relato ordenado dos feitos de Jesus. Um dos primeiros

registros que encontramos ali é o de Jesus entrando na casa de Simão Pedro, e estando a sogra dele enferma, o Senhor a curou (4:38-39). Em seguida, Lucas relata que havia dois barcos com pescadores que, após uma noite inteira de árduo trabalho, nada pescaram. Eles estavam exaustos e frustrados, e dentre os dois barcos, Jesus escolheu o de Simão. O Senhor entrou na casa e no barco de Pedro, pois contemplava o futuro de Pedro. Jesus foi até onde Pedro habitava e trabalhava porque queria levá-lo ao seu destino.

Aquele era um dia de fracasso, apenas mais um dia entre tantos. Provavelmente a visão de Pedro sobre si mesmo para todos os seus anos seguintes o levava sempre ao mesmo lugar: ele certamente acreditava que passaria a vida inteira como um simples pescador! Porém, quando Jesus olhava para Simão, desde o primeiro momento, Ele não via o Simão pescador, rude, de trato difícil e atitudes impensadas. O Senhor via Pedro em Pentecostes, Ele via a sombra de Pedro curando doentes, Ele via Pedro na casa de Cornélio levando a mensagem da salvação àquela família, Ele via Pedro ressuscitando mortos em Seu nome, Ele via Pedro curando paralíticos! Jesus também viu Pedro negando-o, desistindo de ser quem o Mestre o chamara para ser e voltando ao seu velho ofício. Entretanto Jesus não desiste, pois Ele sabe que precisamos fazer travessias em nosso interior e voltar. Ele nos vê andando e atravessando mares de frustrações, de perdas, de incapacidades, de desistência e muito mais, mas não apenas isso: Ele mesmo se achega a nós para atravessá-los conosco.

Jesus sempre nos vê no lugar que o Pai planejou para nós, não importa onde estejamos hoje! Ele veio nos buscar para nos restaurar e nos levar de volta ao seu bom e perfeito caminho. Jesus já o contempla cruzando a linha de chegada neste exato momento, por isso Ele não desistirá de ir ao seu encontro. Ele o conduzirá ao melhor lugar que você poderá estar!

Pedro jamais poderia imaginar tudo que Ele viveria depois que Jesus entrou em sua casa e no seu barco. E você também não tem como imaginar o que Deus fará em sua vida, pois quando Jesus entra em sua vida, aparentemente comum, abre espaço para sua verdadeira e inimaginável história.

O Deus que escolheu Pedro, também escolheu você para uma vida infinitamente além dos seus maiores sonhos. Paulo afirma: “Toda a glória seja a Deus que, por seu grandioso poder que atua em nós, é capaz de realizar infinitamente mais do que poderíamos pedir ou imaginar” (EFÉSIOS 3:20). Tudo é para a glória de nosso Pai, então continue, pois Ele tem o futuro em Suas mãos.

QUESTÕES PARA DEBATE

1. Quando olha para o futuro, para o dia de amanhã, o que você vê? Por quê?

2. O que você imagina que Deus enxerga como seu futuro?

3. Ao considerar o exemplo de Pedro, de que forma ele o encoraja?

ORAÇÃO

Senhor, hoje, independentemente do lugar exato em que me encontro na caminhada cristã, a despeito da estação pela qual estou passando, eu quero ser levada ao lugar certo, quero ser conduzida para onde o Senhor quer que eu esteja. Creio que o dia de amanhã pertence ao Senhor e quero somente ouvir a Tua voz e caminhar na direção que Tu me chamaste

para estar. Entrego a ti, Senhor, o meu caminho e os meus passos. Pai, que a Tua vontade seja feita em mim. Em nome de Jesus. Amém!

Diana Aires

Direito — IMEC

FONTE: O dia de amanhã – Ministérios Pão Diário (paodiario.org)

DEUS E SEU PRECIOSO CUIDADO


 DEUS E SEU PRECIOSO CUIDADO

Eu sou pobre e necessitado,
porém o Senhor cuida de mim...” Salmo 40.17

O homem tem carências que o dinheiro e o prestígio não podem satisfazer. Fazemos coro com o rei Davi e reconhecemos que também somos pobres e necessitados. Não podemos ficar de pé escorados em nosso próprio bordão. Não temos poder para preservar nossa vida. Não produzimos o oxigênio que rega nossos pulmões. Não temos capacidade de evitar que bactérias e vírus mortais nos atinjam. Somos totalmente dependentes, vulneráveis e necessitados.

Porém, a despeito de sermos pobres, temos a convicção de que Deus cuida de nós. Ele é o nosso criador e provedor. Ele é o nosso Salvador e protetor. Ele é o nosso Pai e galardoador. Deus é a fonte de todo bem. Nele vivemos, nos movemos e existimos. Deus cuida de nós suprindo nossas necessidades, fortalecendo-nos em nossas fraquezas e consolando-nos em nossas angústias.

Quando a crise nos mostra sua carranca, Deus sai em nossa defesa. Quando os inimigos nos oprimem e nos cercam por todos os lados, Deus desnuda o seu braço onipotente e luta as nossas batalhas, pois é o nosso libertador. Embora sejamos pobres e necessitados, temos socorro certo e seguro. Com Deus ao nosso lado somos fortes. Com Deus segurando a nossa mão caminhamos em segurança rumo à glória. Com Deus como nosso defensor somos mais que vencedores.




sexta-feira, 14 de junho de 2024

REMÉDIO PARA O MEDO.

Mas Jesus imediatamente lhes disse: “Tende bom

ânimo! Sou eu. Não temais!” (Mt 14.27).
Desejo focalizar três causas que provocam sérios
distúrbios emocionais, que produzem o medo, e
indicar, também, à luz da Bíblia, o seu tratamento
adequado.
Inicialmente, o Fator Econômico.
É o medo da situação financeira. Os graves
problemas de ordem económica que perturbam a
nossa mente, desajustando todo o nosso sistema
funcional. Eis o remédio para esse mal tão grave
Está em Fp 4.19. “E o meu Deus, segundo a sua
riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus
cada uma de vossas necessidades de cada dia,
através de Cristo Jesus”. Foi assim que Ele
multiplicou o azeite da viúva e ordenou às aves
que levassem o alimento para Elias. Foi o mesmo
Deus que, na pessoa de Jesus, multiplicou os
pães e os peixes no deserto. Este mesmo Senhor
e Deus suprirá todas as suas necessidades se o
buscar e andar com Ele sinceramente.

REV. ARIVAL DIAS CASIMIRO.

Fonte: www.ippinheiros.org.br

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Jesus faz maravilhas


 Os evangelhos relatam os diversos milagres operados por Jesus, numa clara demonstração de sua divindade. Aqui, destacaremos três desses milagres:

Em primeiro lugarJesus cura uma mulher que só olhava para baixo (Lc 13.12). Há muitas pessoas encurvadas na estrada da vida. Andam olhando para o chão, oprimidas, cansadas, com um imenso peso nas costas. Estão aflitas, esmagadas debaixo de um fardo cruel, com a esperança morta. Jesus ensinava numa sinagoga, quando chegou ali uma mulher com um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos. Ela andava encurvada, sem de modo algum poder endireitar-se. Quando Jesus a viu, chamou-a e disse-lhe: "Mulher, estás livre da tua enfermidade". Jesus impôs as mãos sobre ela e imediatamente ela se endireitou e dava glória a Deus. Esta mulher estava corcunda sem poder olhar para o céu havia muito tempo. Aquela mulher era vítima de uma humilhação pública. O maligno envergara sua coluna e colocara um grande peso sobre suas costas. Sua enfermidade era crônica e nenhum remédio natural ou intervenção cirúrgica poderia trazer-lhe cura. Jesus libertou-a, curou-a, restaurou-a e ela passou a viver para a glória de Deus. Talvez você, também, tem andado encurvado por muitos anos. Pecados, angústias, temores, perturbações emocionais, vícios escravizam você. Talvez você tenha sido oprimido por espíritos malignos e vive sem paz como um prisioneiro. Jesus pode também libertar você, curar você e dar a você vida abundante. Não ande mais encurvado!

           

Em segundo lugarJesus cura um homem que só andava carregado (Mc 2.11). Jesus acabara de chegar a Cafarnaum e uma multidão se ajuntou para ouvi-lo. Na casa onde Jesus estava não havia mais espaço. Ninguém arredava o pé. Na cidade havia um paralítico precisando de um milagre. Quatro amigos saem carregando esse coxo rua a fora. Chegam à casa onde Jesus estava, mas a multidão não abre caminho. Determinados a ajudar o paralítico, sobem com o aleijado para o telhado e descem o leito onde Jesus estava. Vendo-lhes a fé, disse Jesus ao paralítico: "Filho os teus pecados estão perdoados". Os escribas pensaram: Jesus blasfema, pois só Deus tem poder para perdoar pecados. Eles estavam certos em sua teologia. Só Deus pode perdoar pecados. Mas, também, eles estavam errados em não reconhecer que Jesus era o Filho de Deus. Jesus prova sua divindade e sua autoridade para perdoar pecados, ordenando ao paralítico: "Levanta-te, toma teu leito e vai para tua casa". Imediatamente, o homem se viu curado, levantou-se e saiu à vista de todos. Esse homem foi cativo e voltou liberto, foi carregado e voltou carregando, foi buscar uma bênção e voltou trazendo duas. Além de receber a cura física, recebeu o perdão de seus pecados e a salvação da sua vida. Jesus também pode perdoar os seus pecados, restaurar sua saúde e lhe dar a vida eterna.

Em terceiro lugarJesus cura um homem que estava conformado com seu sofrimento (Jo 5.6). Jerusalém estavam em festa e Jesus subiu para lá para participar das festividades do povo de Deus. Mas, em vez de permanecer entre a multidão que celebrava, Jesus foi ao tanque de Betesda, a casa de misericórdia, onde havia uma multidão de enfermos. Ali havia cinco pavilhões entupidos de gente cega e paralítica, nutrindo a esperança de uma cura milagrosa. Jesus vê um homem paralítico, prisioneiro de sua doença, a trinta e oito anos. Era um caso perdido, um problema sem solução. Jesus perguntou-lhe: “Você quer ser curado?” Essa pergunta parece óbvia demais; porém, é possível que algumas pessoas se conformem com o sofrimento. O homem respondeu com uma evasiva: “Eu não tenho ninguém”. O mesmo Jesus que pergunta, dá uma ordem ao paralítico: “Levanta-te, toma o teu leito e anda”. Se a pergunta parecia óbvia demais, agora a ordem parece absurda demais. Levantar e andar é tudo que um paralítico sempre quis, mas jamais conseguiu. O mesmo Jesus que ordena, também dá o poder para que a ordem se cumpra. O homem se pôs em pé e começou a andar. O milagre foi imediato e completo. Jesus ainda hoje nos visita em nossos vales de dor. Ele tem todo o poder de nos colocar de pé e firmar os nossos passos na estrada da esperança! Você quer ser curado?

 

Rev. Hernandes Dias Lopes

FONTE:www.hernandesdiaslopes.com.br

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

A oração do Pai Nosso explicada

 



O PAI NOSSO, ENSINADO POR JESUS, É O MODELO PERFEITO DE ORAÇÃO.

 

Esta, nos ensina como devemos dirigir nossas orações a Deus. A oração do Pai Nosso não é uma fórmula mágica, que precisamos repetir palavra por palavra para funcionar, mas é um guia, uma orientação para orar ao Senhor.

Jesus mostrou através dessa oração, quais os assuntos que devemos normalmente levar a Deus nas nossas súplicas, que são:

·   3 pedidos relacionados a Deus, Sua honra, Seu Reino e Glória;

·   3 pedidos relacionados às necessidades humanas (temporais e espirituais).

Com isso, Jesus ensinou-nos a buscar primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça (Mateus 6:33), e depois as outras coisas. Podemos usar os temas da oração do Pai Nosso para fazer nossas próprias orações. Veja a oração e explicações:

Portanto, orem da seguinte forma:

Pai nosso que estás no céu, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino.
Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o pão para este dia,
e perdoa nossas dívidas, assim como perdoamos os nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém.

- Mateus 6:9-13

1. "Pai nosso..."

Jesus ensinou-nos a chamar Deus de Pai. Ele poderia ter usado "Senhor", "Deus", "Rei" ou qualquer outro título, mas preferiu usar na oração “Pai”. Um rei pode não ter filhos, um senhor pode não ter filhos, mas não há pai sem seus filhos. Deus é o Pai, Criador e sustentador de todas as coisas. Ele é eternamente Pai do nosso Senhor Jesus Cristo e de todos os seres criados. Mas decidiu adotar os crentes em Jesus como seus filhos também (João 1:12). O Pai celestial acolheu-nos como filhos amados e deseja ter um relacionamento de intimidade conosco. Outro pormenor interessante é Jesus ter usado o "nosso" (pronome no plural). Isso nos faz lembrar da dimensão comunitária da oração. Nosso Pai do céu nos vê como irmãos em Cristo, por isso também devemos viver assim e orar uns pelos outros como família.

A expressão "Pai nosso" não nos impede de usar "meu Pai" nas nossas orações pessoais solitárias, mas é um testemunho público de reconhecimento da Paternidade de Deus sobre nós. Não temos um Deus exclusivo ou particularmente nosso, mas Ele é nosso Pai. Todos gozamos desse privilégio compartilhado por todos os filhos, na grande família de Deus.

2. "... que está no céu"

Essas palavras não limitam a presença de Deus ao céu. Elas apenas expressam a infinita grandeza e glória do Senhor, acima do Universo visível. Deus tem a Sua presença nos céus e na terra (Dt 4:39).

Nenhum 'deus' do universo visível (politeísmo ou panteísmo) pode ser comparado ao Pai celestial, que habita o Céu dos céus (céu invisível acima do universo criado). Ele é Supremo, está exaltado na Sua Morada celestial.

O Pai é distinto e superior a nós, a todos os pais da terra e a todos os falsos deuses e ídolos destes= mundo (Eclesiastes 5:2). Jesus realça esse dado importante acerca do Pai que está no céu, para que a nossa compreensão distorcida retifique que Deus é Infinito, Absoluto e Incomparável.

3."Santificado seja o Teu nome"

Santificar o Nome de Deus é o primeiro pedido na oração do Pai Nosso. O Pai Celestial deve ser santificado pelos seus filhos. Isso significa que devemos glorificar a Deus, ou o nome de Deus, em tudo que fazemos ou pensamos, nas nossas atitudes e relacionamentos. Enfim, tudo deve honrar extremamente o nome de Deus.

A palavra santificar significa 'tornar santo' ou 'separado'. Essa separação tem a ver com distinção, veneração e excepcionalidade do Senhor. Deus não é comparável a nenhum outro ser no Universo. Portanto, nenhum outro deve receber a adoração devida ao Senhor.

Deus é santificado (honrado e glorificado) quando a Sua existência é acreditada, quando a Sua perfeição é amada e reverenciada e em nossas vidas (1 Pedro 3:15) e quando as suas obras são admiradas e reconhecidas. Isso é santificar a Deus, tornando-O honrado e glorioso, tal como Ele é.

Pense nisto: Jesus nos ensinou a falar diretamente com Deus. Não precisamos de intermediários, como Maria ou os santos. Deus ouve nossas orações. Mas devemos orar com respeito e humildade, pedindo que Deus seja glorificado até em nossas orações.

4. "Venha o Teu Reino..."

A chegada do Reino de Deus tem a ver com o Seu governo eterno sobre todas as coisas. Deus é o Rei divino e o Seu reino é espiritual, moral e real. O "Reino de Deus" ou o "Reino dos Céus", ou "Reino de Cristo", etc, já havia começado desde o início, mas foi inaugurado com a vinda de Jesus.

O avanço do Reino do Senhor ao longo dos tempos se deu através da aceitação e reconhecimento de Deus como Rei, e do cumprimento das expectativas messiânicas, com a chegada do Messias. Jesus Cristo inaugurou a chegada do Reino de Deus que ainda prossegue, até alcançar toda a sua plenitude no final dos tempos.

Somente aí, quando Cristo voltar em glória, o reino de Deus estará estendido de forma completa a todos os povos e nações.

5. "Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu"

Este 3º pedido relacionado a Deus e ao seu Reino, tem a ver com a Sua vontade. Se por um lado, aqui na terra muitos ainda rejeitam a Deus e à Sua vontade, sabemos que no Céu todos os seres celestiais são comprometidos e totalmente submissos à vontade de Deus.

Trata-se de um contraste enorme, entre um lugar (Céu) onde Deus é honrado e glorificado na perfeição pelos anjos e seres celestiais e outro, onde muitos tentam cumprir essa vontade, mas ainda imperfeitamente.

Este deve ser o nosso desejo hoje: cumprir retamente a vontade de Deus. Essa é uma obediência que envolve prontidão, dedicação e amor. Novamente, quando Cristo voltar em glória, a vontade de Deus será perfeita e completa, feita por toda a terra assim como é feita hoje no Céu.

Pense nisso: Quantas vezes a oração está carregada de chantagem e exigência? Deus, eu quero isto, e aquilo, desta forma, hoje ou agora! Senão eu deixo de amar você... - isso não é oração. A vontade de Deus é mais importante que nossa vontade. Quando oramos, devemos começar por submeter nossa vontade à vontade de Deus.

6. Pão nosso de cada dia...

Aqui começa a série dos outros três pedidos que Jesus adicionou à oração do Pai nosso. Depois de pedir que Deus seja glorificado, Seu Reino venha e Sua vontade seja feita, agora podemos pedir por sustento e conforto necessários na vida presente. Essas petições relacionadas às necessidades humanas: Pão, Perdão e Proteção, também em Lucas 11:3. Cada palavra revela uma lição importante:

·   "O pão nosso" pode significar: pão natural e pão espiritual - o que resume todas as coisas necessária para a manutenção da vida, do corpo e da alma. Um pão honesto, que seja realmente nosso, Lembramos dos outros ensinamentos de Jesus: "Nem só de pão viverá o homem... (Mat.4:4); "Eu sou o Pão vivo que desceu do céu..." (João 6:51).

·   "deste dia" significa que:

·        não precisamos ficar ansiosos com o dia de amanhã;

·        somos ensinados a depender diariamente na Divina Providência

·        só precisamos do que é necessário para hoje, não para esbanjar ou para acumular riquezas

·   "dá-nos hoje" isso leva-nos a pensar em dependência. Precisamos do Pai celestial para ter o suficiente para nossas vidas. Por isso, lhe pedimos: nos dê! Não dizemos nos venda, nos empreste ou nos pague, como se Ele fosse obrigado a tal. Humildemente pedimos que nos dê o pão diário. Sempre estaremos em dívida com Deus por tudo que Ele nos dá.

 

Pense nisto: Revoluções já foram iniciadas por falta de pão. Pão é um alimento básico, importante para sobreviver. Nossa vida, nosso sustento depende de Deus. Quando reconhecemos isso e oramos confiando em Deus, Ele nos dá o sustento que precisamos, mesmo quando parece impossível.

7. Perdão para as nossas dívidas...

O perdão é fundamental para as nossas vidas (ao nível espiritual, emocional e relacional). Todo tipo de transgressão, ofensa, pecado ou vício, ofende a Deus e certamente também ferirá outras pessoas. Além disso, o castigo por essas ofensas causará sofrimento, quando tivermos que "pagar" pelas dívidas perante a Justiça Divina.

A dívida do mal que cometemos, contra Deus e contra o nosso próximo, precisa de ser reconhecida, confessada e abandonada.

Contudo, há uma condição prevista nos termos de a oração: "perdoa-nos assim como perdoamos aos nossos devedores". Aqui o perdão para as nossas falhas aparece condicionado ao perdão que também damos aos outros.

Devemos perdoar, tal como esperamos ser perdoados. Aqueles que desejam encontrar misericórdia em Deus para os seus erros, devem também mostrar misericórdia para com seu próximo. Mesmo que lhe causado dano, ofensa ou sofrimento.

Pense nisto: Uma parte importante da oração é pedir e oferecer perdão. Devemos ser humildes para reconhecer nossos erros e pedir perdão a Deus. Mas também devemos perdoar quem pecou contra nós. Quando entendemos que Deus nos perdoa quando não merecemos, devemos fazer o mesmo com outras pessoas que não merecem.

8. Proteção - "não nos deixes cair em tentação..."

Aqui Jesus inicia a sexta petição. Ele nos mostra que as provações ou tentações da vida podem ser vencidas. Com a ajuda do Pai celestial, podemos ser preservados do pecado. Isso significa que Ele pode retirar a tentação quando é forte demais, ou pode amenizar as forças da tentação ou pode aumentar as nossas forças contra ela.

Esse pedido nos ensina a considerar a nossa própria incapacidade de afastar e vencer a tentação. E, mostra também como temos a necessidade de capacitação do Alto para conseguir resistir no dia mau.

A resistência contra a tentação e provação produzem em nós o resultado da alegria e resiliência. Tal como é dito: "tenham grande alegria quando passarem por provações... por que isso produz perseverança." (Tiago 1:2-3). Isso torna-se um exercício de aprimoramento da fé, piedade e das virtudes, para que outros possam ser encorajados pela nossa perseverança nas provações.

O Pai Nosso, ensinado por Jesus, é o modelo perfeito de oração. Esta, nos ensina como devemos dirigir nossas orações a Deus. A oração do Pai Nosso não é uma fórmula mágica, que precisamos repetir palavra por palavra para funcionar, mas é um guia, uma orientação para orar ao Senhor.

Jesus mostrou através dessa oração, quais os assuntos que devemos normalmente levar a Deus nas nossas súplicas, que são:

·   3 pedidos relacionados a Deus, Sua honra, Seu Reino e Glória;

·   3 pedidos relacionados às necessidades humanas (temporais e espirituais).

Com isso, Jesus ensinou-nos a buscar primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça (Mateus 6:33), e depois as outras coisas. Podemos usar os temas da oração do Pai Nosso para fazer nossas próprias orações. Veja a oração e explicações:

Portanto, orem da seguinte forma:

Pai nosso que estás no céu, santificado seja o teu nome. Venha o teu reino.
Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o pão para este dia,
e perdoa nossas dívidas, assim como perdoamos os nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém.

- Mateus 6:9-13

1. "Pai nosso..."

Jesus ensinou-nos a chamar Deus de Pai. Ele poderia ter usado "Senhor", "Deus", "Rei" ou qualquer outro título, mas preferiu usar na oração “Pai”. Um rei pode não ter filhos, um senhor pode não ter filhos, mas não há pai sem seus filhos. Deus é o Pai, Criador e sustentador de todas as coisas. Ele é eternamente Pai do nosso Senhor Jesus Cristo e de todos os seres criados. Mas decidiu adotar os crentes em Jesus como seus filhos também (João 1:12). O Pai celestial acolheu-nos como filhos amados e deseja ter um relacionamento de intimidade conosco. Outro pormenor interessante é Jesus ter usado o "nosso" (pronome no plural). Isso nos faz lembrar da dimensão comunitária da oração. Nosso Pai do céu nos vê como irmãos em Cristo, por isso também devemos viver assim e orar uns pelos outros como família. A expressão "Pai nosso" não nos impede de usar "meu Pai" nas nossas orações pessoais solitárias, mas é um testemunho público de reconhecimento da Paternidade de Deus sobre nós. Não temos um Deus exclusivo ou particularmente nosso, mas Ele é nosso Pai. Todos gozamos desse privilégio compartilhado por todos os filhos, na grande família de Deus.

2. "... que está no céu"

Essas palavras não limitam a presença de Deus ao céu. Elas apenas expressam a infinita grandeza e glória do Senhor, acima do Universo visível. Deus tem a Sua presença nos céus e na terra (Dt 4:39).

Nenhum 'deus' do universo visível (politeísmo ou panteísmo) pode ser comparado ao Pai celestial, que habita o Céu dos céus (céu invisível acima do universo criado). Ele é Supremo, está exaltado na Sua Morada celestial.

O Pai é distinto e superior a nós, a todos os pais da terra e a todos os falsos deuses e ídolos destes= mundo (Eclesiastes 5:2). Jesus realça esse dado importante acerca do Pai que está no céu, para que a nossa compreensão distorcida retifique que Deus é Infinito, Absoluto e Incomparável.

3."Santificado seja o Teu nome"

Santificar o Nome de Deus é o primeiro pedido na oração do Pai Nosso. O Pai Celestial deve ser santificado pelos seus filhos. Isso significa que devemos glorificar a Deus, ou o nome de Deus, em tudo que fazemos ou pensamos, nas nossas atitudes e relacionamentos. Enfim, tudo deve honrar extremamente o nome de Deus.

A palavra santificar significa 'tornar santo' ou 'separado'. Essa separação tem a ver com distinção, veneração e excepcionalidade do Senhor. Deus não é comparável a nenhum outro ser no Universo. Portanto, nenhum outro deve receber a adoração devida ao Senhor.

Deus é santificado (honrado e glorificado) quando a Sua existência é acreditada, quando a Sua perfeição é amada e reverenciada e em nossas vidas (1 Pedro 3:15) e quando as suas obras são admiradas e reconhecidas. Isso é santificar a Deus, tornando-O honrado e glorioso, tal como Ele é.

 

Pense nisto: Jesus nos ensinou a falar diretamente com Deus. Não precisamos de intermediários, como Maria ou os santos. Deus ouve nossas orações. Mas devemos orar com respeito e humildade, pedindo que Deus seja glorificado até em nossas orações.

4. "Venha o Teu Reino..."

A chegada do Reino de Deus tem a ver com o Seu governo eterno sobre todas as coisas. Deus é o Rei divino e o Seu reino é espiritual, moral e real. O "Reino de Deus" ou o "Reino dos Céus", ou "Reino de Cristo", etc, já havia começado desde o início, mas foi inaugurado com a vinda de Jesus. O avanço do Reino do Senhor ao longo dos tempos se deu através da aceitação e reconhecimento de Deus como Rei, e do cumprimento das expectativas messiânicas, com a chegada do Messias. Jesus Cristo inaugurou a chegada do Reino de Deus que ainda prossegue, até alcançar toda a sua plenitude no final dos tempos. Somente aí, quando Cristo voltar em glória, o reino de Deus estará estendido de forma completa a todos os povos e nações.

5. "Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu"

Este 3º pedido relacionado a Deus e ao seu Reino, tem a ver com a Sua vontade. Se por um lado, aqui na terra muitos ainda rejeitam a Deus e à Sua vontade, sabemos que no Céu todos os seres celestiais são comprometidos e totalmente submissos à vontade de Deus. Trata-se de um contraste enorme, entre um lugar (Céu) onde Deus é honrado e glorificado na perfeição pelos anjos e seres celestiais e outro, onde muitos tentam cumprir essa vontade, mas ainda imperfeitamente. Este deve ser o nosso desejo hoje: cumprir retamente a vontade de Deus. Essa é uma obediência que envolve prontidão, dedicação e amor. Novamente, quando Cristo voltar em glória, a vontade de Deus será perfeita e completa, feita por toda a terra assim como é feita hoje no Céu.

 

Pense nisso: Quantas vezes a oração está carregada de chantagem e exigência? Deus, eu quero isto, e aquilo, desta forma, hoje ou agora! Senão eu deixo de amar você... - isso não é oração. A vontade de Deus é mais importante que nossa vontade. Quando oramos, devemos começar por submeter nossa vontade à vontade de Deus.

6. Pão nosso de cada dia...

Aqui começa a série dos outros três pedidos que Jesus adicionou à oração do Pai nosso. Depois de pedir que Deus seja glorificado, Seu Reino venha e Sua vontade seja feita, agora podemos pedir por sustento e conforto necessários na vida presente. Essas petições relacionadas às necessidades humanas: Pão, Perdão e Proteção, também em Lucas 11:3. Cada palavra revela uma lição importante:

·   "O pão nosso" pode significar: pão natural e pão espiritual - o que resume todas as coisas necessária para a manutenção da vida, do corpo e da alma. Um pão honesto, que seja realmente nosso, Lembramos dos outros ensinamentos de Jesus: "Nem só de pão viverá o homem... (Mat.4:4); "Eu sou o Pão vivo que desceu do céu..." (João 6:51).

·   "deste dia" significa que:

·        não precisamos ficar ansiosos com o dia de amanhã;

·        somos ensinados a depender diariamente na Divina Providência

·        só precisamos do que é necessário para hoje, não para esbanjar ou para acumular riquezas

·   "dá-nos hoje" isso leva-nos a pensar em dependência. Precisamos do Pai celestial para ter o suficiente para nossas vidas. Por isso, lhe pedimos: nos dê! Não dizemos nos venda, nos empreste ou nos pague, como se Ele fosse obrigado a tal. Humildemente pedimos que nos dê o pão diário. Sempre estaremos em dívida com Deus por tudo que Ele nos dá.

 

Pense nisto: Revoluções já foram iniciadas por falta de pão. Pão é um alimento básico, importante para sobreviver. Nossa vida, nosso sustento dependem de Deus. Quando reconhecemos isso e oramos confiando em Deus, Ele nos dá o sustento que precisamos, mesmo quando parece impossível.

7. Perdão para as nossas dívidas...

O perdão é fundamental para as nossas vidas (ao nível espiritual, emocional e relacional). Todo tipo de transgressão, ofensa, pecado ou vício, ofende a Deus e certamente também ferirá outras pessoas. Além disso, o castigo por essas ofensas causará sofrimento, quando tivermos que "pagar" pelas dívidas perante a Justiça Divina. A dívida do mal que cometemos, contra Deus e contra o nosso próximo, precisa de ser reconhecida, confessada e abandonada. Contudo, há uma condição prevista nos termos de a oração: "perdoa-nos assim como perdoamos aos nossos devedores". Aqui o perdão para as nossas falhas aparece condicionado ao perdão que também damos aos outros. Devemos perdoar, tal como esperamos ser perdoados. Aqueles que desejam encontrar misericórdia em Deus para os seus erros, devem também mostrar misericórdia para com seu próximo. Mesmo que lhe causado danos, ofensa ou sofrimento.

 

Pense nisto: Uma parte importante da oração é pedir e oferecer perdão. Devemos ser humildes para reconhecer nossos erros e pedir perdão a Deus. Mas também devemos perdoar quem pecou contra nós. Quando entendemos que Deus nos perdoa quando não merecemos, devemos fazer o mesmo com outras pessoas que não merecem.

8. Proteção - "não nos deixes cair em tentação..."

Aqui Jesus inicia a sexta petição. Ele nos mostra que as provações ou tentações da vida podem ser vencidas. Com a ajuda do Pai celestial, podemos ser preservados do pecado. Isso significa que Ele pode retirar a tentação quando é forte demais, ou pode amenizar as forças da tentação ou pode aumentar as nossas forças contra ela. Esse pedido nos ensina a considerar a nossa própria incapacidade de afastar e vencer a tentação. E, mostra também como temos a necessidade de capacitação do Alto para conseguir resistir no dia mau. A resistência contra a tentação e provação produzem em nós o resultado da alegria e resiliência. Tal como é dito: "tenham grande alegria quando passarem por provações... por que isso produz perseverança." (Tiago 1:2-3). Isso torna-se um exercício de aprimoramento da fé, piedade e das virtudes, para que outros possam ser encorajados pela nossa perseverança nas provações.

9. Proteção - "Livra-nos do Mal"

Aqui a palavra no grego para 'mal', "πονηρός" (ponēros) tanto pode indicar o mal (neutro) no sentido abstrato, em geral, quanto o mal (masculino) como 'Maligno', equivalente ao diabo ou Satanás. A inclusão dessa expressão na oração ajuda-nos a lembrar que corremos um outro perigo, temos um Acusador que também nos tenta para o mal. Somado ao pecado da nossa natureza, e à nossa inclinação carnal, existe o Diabo, que nos manipula e engana para o mal. Lembremos que, como ladrão, ele veio para matar, roubar e destruir (João 10:10). Esta, pode ser a referência na oração que completa a ideia de livramento contra tentação. Livra-nos de todos os tipos de males, inclusive do Tentador que é o nosso Inimigo.

10. "Pois Teu é o Reino, Poder e Glória..."

Esse final da oração, chamada de "doxologia" (expressão conclusiva de glorificação e louvor a Deus), não aparece em todos os manuscritos antigos. Por isso, ela aparece entre colchetes nas traduções das nossas Bíblias. Contudo, essa parte final manifesta o entendimento que a glória e a honra de Deus devem ser o objetivo principal da oração dos filhos. A glorificação de Deus deve conduzir as nossas orações do início ao fim.

"Teu é o Reino" - Aqui se mostra a convicção de que Deus é soberano e tem o domínio total do universo. Ele tem o controle sobre todas as coisas, pois reina e governa sobre tudo.

"Teu é o Poder" - Cremos que o Pai, todo-poderoso no Céu e na terra, tem poder para realizar o que pedimos. Nós somos fracos e necessitados, mas Deus tudo pode, nada é impossível para Ele.

"Tua é a glória" - As nossas orações são ouvidas e atendidas para a honra e louvor de Deus, não nossa. A glória de Deus é demonstrada quando Ele provê as nossas necessidades. O louvor e gratidão ao Senhor serão celebrados fazendo com que o Reino de Deus se amplie pela terra.

 

Pense nisso: Deus não nos livra de todas as dificuldades, mas ele nos ajuda a ficar firmes na luta contra o pecado. Quando estamos lutando contra tentações, podemos pedir a força de Deus para fazer o que é certo. Deus é mais forte que o pecado. Quando vencemos o pecado, mostramos a glória do Reino de Deus.

Use a Oração do Pai Nosso como um modelo para se dirigir a Deus em oração. Com a ajuda do Espírito Santo, dedique hoje algum tempo para orar a Deus.

 

 

 

 

 

Uma mensagem de consolação

  O profeta Isaías, paladino das boas novas de consolação ao povo de Deus, no capítulo 35.1-10, carrega as tintas para enfatizar a felicidad...